quarta-feira, 5 de junho de 2013

Capitulo - 11

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Um tanto encabulada, ela aceitou o braço de Nicholas descendo do carro com elegância.
- Esta linda. - ele admitiu sorrindo enquanto se encaminhavam para porta principal do restaurante
- Pare com isso. - ela lhe advertiu
- Parar com o que ?
- De me deixar com vergonha !
Ele soltou uma pequena gargalhada e ela se repreendeu por ter falado aquilo.
Ao que parece, Nicholas ia muito aquele lugar.
Tanto que o recepcionista lhe cumprimentou pelo nome, e ficou surpreso ao ver Nicholas apresentar Selena como esposa.
Iria ele com as tais … mulheres das revistas ?
Bom, disso ela não sabia, mas também não gostaria de saber. Não tinha que saber.
O garçom, muito gentil, os encaminhou a sua melhor mesa livre, e anotou os pedidos.
Depois de alguns longos minutos em silencio após terem ficado a sós Nicholas falou :
- Se eu fosse um marido ciumento, teria que brigar com o garçom.
- Porque ? - ela perguntou assustada – ele foi tão gentil.
- Claro. - ele ironizou – Qualquer homem seria gentil se estivesse flertando com uma mulher.
Selena não conseguiu não rir.
- Ora, não diga besteiras ele é apenas um homem gentil. - ela disse rindo
- Eu sei do que estou falando Selena. - ele disse serio – Você ainda é muito … pura para entender dessas coisas. - ele disse gaguejando
Elas suspirou :
- Quando você diz pura, você quer dizer uma menina incrivelmente estupida que veio do meio do mato ou uma menina virgem ?
- Eu não disse isso. - ele se defendeu.
- Oh, então é apenas uma desculpa para saber se sou virgem ou não ? - ela disse apoiando o queixo na mão
- A-ah ... O que ? - ele disse com os olhos arregalados
Selena riu do susto dele e ele não pode deixar de sorrir.
- Você é maluquinha. - ele brincou
Antes que a conversa pudesse continuar o garçom já estava de volta com os pratos de Cannelloni e Baccalà alla Vicentina, alem do vinho branco que Nicholas havia pedido.
Nunca na vida Selena tinha experimentado comida italiana, e agradeceu mentalmente por não ser aqueles “caramujos” dos filmes, que quando as pessoas vão pegar saem voando e sempre param na prato de alguém.
Também lembrou-se que nunca tinha tomado vinho branco. Pelo menos não um que custasse 800 dólares a garrafa.
- Espero que esteja livre na sexta a noite. - Nicholas disse tirando-a de seus pensamentos
- Porque ? O que tem sexta a noite ?
- Uma festa beneficente.
- Ah … - ela disse já pensando em qual roupa iria usar.
Não tinha roupa. Oh meu Deus não tinha roupa ! Estava perdida. Talvez fosse bom ouvir os concelhos de Anahi sobre comprar roupas e sapatos.
- O que foi ? - ele perguntou ao ver que ela não comia
- Acho que não tenho roupa para usar. - ela admitiu – Vou ter que sair para comprar e … - ela se interrompeu – Que tipo de roupa eu tenho que comprar ? Ai-caramba-ai-caramba! - ela repetiu ficando preocupada
Foi a vez dele rir.
- Deixe. Eu cuido disso.
- Como assim ?
- Eu cuido disso, não se preocupe. Vamos comer ? Já experimentou seu Baccalà alla Vicentina ? - ele perguntou mudando completamente de assunto.
A partir dali Nicholas não parou mais de falar. Falou de suas viagens, de suas aventuras. E por incrível que pareça Selena adorou ouvir cada uma delas.
- E você ? - ele perguntou terminando a sobremesa – Qual foi a sua maior aventura até hoje ?
- Ann .. Deixe-me pensar .. Já sei. - ela disse com os olhos brilhando de entusiasmo – Tirar leite de uma cabra. - Nicholas gargalhou – Você já ordenhou alguma vez ?
- Nunca. - admitiu Nicholas divertido
- Então siga o meu concelho. Nunca ordenhe uma cabra. - ela disse seria
- Me fale mais sobre você. - ele pediu
- Não tem o que falar. Só sou o filho homem que papai nunca teve, então sobrou a mim aprender de tudo um pouco. - ela disse terminando de comer
- Então você sabe jogar futebol .. - ele concluiu
- Eu consigo chutar a bola. - ela disse divertida e ele riu – Eu sei consertar um motor de caminhão. - se gavou
- Veja a esposa que eu fui arranjar.... - ele disse balançando a cabeça – Então, agora que estamos casados, sera que poderia me contar o porque precisa de tanto dinheiro ?
- Talvez numa próxima. Já terminou a sobremesa ? Podemos ir embora ? - ela disse querendo mudar de assunto
Nicholas fez um pequeno sinal para o garçom que de longe já entendeu o que era. Em questão de minutos Nicholas já tinha pagado a conta caríssima sem reclamar.
Bom se ele pagou o preço absurdo de 1 milhão para se casar, um jantar naquele restaurante não devia nem ser … considerável.
- Dividas de jogo ? - ele perguntou lhe oferecendo o braço
- O que ? - ela perguntou sem entender
- O motivo de precisar de dinheiro. - ela riu
- Tenho cara de quem fica apostando em maquinas?
- Tem razão. - ele disse pensando – Mas são dividas ?
- São contas que eu tenho que pagar. - ela disse sem graça enquanto eles saiam do restaurante
- Se não você morre ? - ele brincou
- Mais ou menos isso. - ela respondeu seria.
Ele a encarou surpreso.
- É uma fugitiva da policia ? - ela riu
- Talvez. - dessa vez ela brincou – É isso que da se casar sem conhecer a mulher direito. Pode estar dormindo sob o mesmo teto de uma maniaca.
- Se for maniaca sexual, por mim tudo bem. - ele disse tentando se manter serio
- Talvez. Mas não vamos transar. - ela o alertou
E virou na sua direção sorrindo :
- Esta vendo o meu carro ?
- E alguém conseguiria não ver um esportivo vermelho daqueles ? - ela perguntou franzindo o cenho
- Olhe do outro lado da rua. - ele alertou
- O que tem de mais ?
- Fique olhando. - ele pediu
E quando Selena menos esperava, um pequeno flash surgiu.
Um fotografo.
- Estamos sendo fotografados. Espero que goste da ideia de aparecer em todas as revistas amanha de manhã.
Ela ficou nervosa.
- O que vamos fazer ? - ela perguntou alarmada
- Apenas sorria. - ele aconselhou passando o braço ao redor de sua cintura.
Continuaram andando em silencio até o carro. Porem ambos com um pequeno sorrindo nos lábios.
- E agora ? - ela perguntou quando chegaram no carro
- Agora agente se abraça. - ele alertou já a apertando em um abraço
- É assim que ele vai ver que estamos casados ? - ela perguntou se sentindo estranha ao retribuir ao abraço
- Bom, se você quiser me beijar … - ela o interrompeu
- Eu não disse isso.
- Mas pensou. - ele disse em seu ouvido, a provocando
- Não, eu não pensei, agora me largue. - ela disse brava
- Não.
- Me largue, ele já tirou fotos o bastante. - ela insistiu
- Não. E se você continuar brigando eu vou ter que te beijar para não parecer isso.
Ela ficou quieta e paralisada diante de tal alternativa.
- Boa menina. - ele disse enterrando a cabeça no seu pescoço e alisando seus cabelos com a mãos esquerda.
- Deu ? - ela perguntou impaciente – Acabou ? Podemos entrar no seu caro e ir pra sua casa ?
- Nossa casa. - ele a corrigiu se separando dela
Ela forçou um sorriso, e se apoiou no carro esperando ele abrir a porta.
Quando o carro finalmente arrancou, e eles ficaram em “segurança” ela virou-se sorrindo para Nicholas no volante e lhe deu um soco com um pouco de força no antebraço.
- Ai... - ele disse com os olhos arregalados – Isso meio que doeu.
- Eu não usei nem um terço da minha força. - ela se gavou
- É mas não faça mais isso, por favor. - ele pediu revirando os olhos – Eu nem sei o porque de estar apanhando.
Ela ficou quieta e voltou a virar para frente se aconchegando no banco.
- Então … tem alguma coisa a ver com plantação de algum tipo de droga ilícita ?
- O que ?
- O motivo do dinheiro. - ele disse revirando os olhos – Você planta maconha ?
- Talvez.
- Hum... que interessante.
Ela sorriu.
- Seus pais sabem que você precisa de muito dinheiro ?
O sorriso dela enfraqueceu :
- Sim.
- E eles vão te matar se descobrirem que se casou por contrato ?
- Sim.
- E você é virgem ? - ele perguntou virando-se para encará-la
- Eu sabia que você queria chegar aqui. - ela balançou a cabeça e respondeu - Não. - ela disse voltando a sorrir
- A cabra não tem nada a ver com isso certo ?
Ela gargalhou.
- Talvez. - ela brincou divertida
Nicholas ficou em silencio. Ela não era tão pura assim. Sorriu com um certo ar de malicia, e ela pareceu perceber :
- Nicholas, você sabe não sabe ?
- Sei o que ? - ele perguntou ainda sorrindo
- Que entre agente não vai rolar. - ela disse seria – Esse casamento é de mentira. Você e eu estamos casados por conveniência e ponto.
- Tudo bem. - ele disse ainda sorrindo.
Por enquanto estava tudo bem, mas dentro de uma semana, talvez um mês, ela estaria na sua cama, ofegante e a bera de um orgasmo.
- Legal. - ela disse sorrindo – Acho que vamos nós dar bem afinal.
- É vamos. - ele concordou
- Bom, - ela pensou melhor - talvez apenas não iremos nos matar. - ela brincou se afundando mais no confortável banco enquanto via a paisagem fora da janela passar depressa.



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CReditos: Pathy Fernandes

2 comentários:

  1. nova leitora *---*estou apaixonada pela sua fic, kkkkkkkk morri de rir com a historinha da cabra.

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  2. "A cabra não tem nada a ver com isso certo ?" hahah OMG MORRI!!
    AMEI TA CADA VEZ MELHOR POSTE LOGO

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