quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

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Na manhã de segunda acordei um lixo, tomei um banho coloquei a roupa do uniforme e me despedi da minha mãe que estáva indo para o trabalho. Cheguei à escola e fui para a minha sala como de costume tentando não incomodar ninguém e nem me meter em problemas.

Sentei-me na minha carteira e fiquei olhando par ao quadro rabiscado, na minha mente só se passava uma coisa, como agir quando eu visse o Nick agora que eu sabia que estáva apaixonada por ele? Aquilo me deu um nó no estomago, e de súbito me veio uma ansiedade imensa. Aquela sensação era horrível, parecia que meu estomago estáva dando mil voltas e sairia pela boca a qualquer momento.

Saí da sala e fui para os fundos da escola. Conhecia muito bem aquela sensação, era uma simples palavra, PAIXÃO. Só o que me faltava agora pra completar minha vida, amor não correspondido.

–– Selly? – era a voz dele, agora ferrou. – Tudo bem com você?

–– Tudo ótimo. – me virei lentamente para ele, minhas mãos suaram frio quando eu vi o rosto dele, dessa vez eu o olhava com outros olhos, tive medo que ele percebesse.

–– Vai matar o primeiro horário? – ele se sentou perto de onde eu estáva.

–– Não. O professor faltou. – sentei-me também.

–– Você está com cara de doente. – ele me analisou o que me fez corar. – Mais, mudando de assunto. Ontem foi muito bom.

–– Sério? Como foi? – eu fingi empolgação, eu tinha que ser realista, mesmo que ouvir aquela historia fosse me machucar muito.

–– Eu levei a Delta para jantar no restáurante preferido dela, depois nos demos uma volta na orla e... – ele não quis terminar, mas eu sabia o que ele ia disser.

–– Ah...! Que legal, não é? – vai Selena você consegue ser melhor do que isso. – Então, como ela é? Você nunca me fala muito de você.

–– Ah ela é muito bonita. Não tem muito que dizer, só amo ela. – amo, esse palavra me cortou por dentro.

–– Eu pensei que quando se ama você não consegue parar de descrever o ser amado... – eu meio que disse isso pra mim, mas ele escutou.

–– Cada um com sua opinião. – bem feito pra eu aprender a falar besteira.

–– Sei lá Nick, não tenho muita experiência nisso. Você deve estár certo mesmo. – ele me olhou de modo estranho. – O que foi?

–– Você nunca beijou?

–– Isso já, né Nick! Mas eu nunca namorei sério ninguém, só fiquei com alguns meninos mesmo, mas já faz um tempo.

–– Mesmo assim... – ele passou o olhar por mim. O que me deixou constrangida, mas ao mesmo tempo me deixou arrepiada.

–– Não desvia do assunto, o foco aqui é você.

–– O que você quer saber dona Selena?

–– Eu quero saber por que você entrou naquele carro depois que me deixou em casa na sexta? – vi a face de Nick ficar pálida.

–– Carro? É...

–– Nick o que você quer me esconder?

–– Nada Selly, eu só acho que é melhor eu te contar isso mais tarde.

–– Se você está dizendo, vou confiar em você. – eu disse um pouco contra a minha vontade.

–– Obrigado. – ele me abraçou de lado, queria ficar assim com ele pra sempre. – Prometo que nesse fim de semana eu te conto tudo.

–– Se você não quiser não precisa. – claro que precisa, ele pode ser um traficante, bandido ou um assassino.

– Na verdade precisa sim. Que eu saiba você pode ser um psicopata e querer me matar.

–– Esse é meu plano, eu vou entrar no seu quarto a noite quando você inocentemente abrir a porta pra mim. Ai eu vou te estuprar e te matar.

–– Não podia só me matar? – eu disse brincando.

–– Ai fica sem a melhor parte. – eu corei intensamente na hora, ele percebeu o que disse e também ficou meio sem graça, mas depois começou a sorrir. – Sua cara ficou hilária Selena.

–– Engraçadinho, além de querer me matar quer me fazer ficar com você, nojo! – nojo? Uhum, eu mesma me enganando. Mas ele não precisa saber, não é?

–– Nojo é? – Nick segurou nos meus pulsos me fazendo virar para ele. – Se eu te beijar agora você não vai sentir nojo.



Credito Dani

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