sexta-feira, 28 de março de 2014

Capitulo - 16 II Temporada (maratona 3.3)

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Eu não precisava fazer quase nada para esse casamento. Samatha, a pedido de Nick e do marido, estava organizando tudo. Eu ficava feliz de não precisar fazer nada, já que esse casamento para mim era só um negócio. Seria pior se eu tivesse que tomar a frente dos detalhes.

Dois dias antes da cerimônia, fomos para a fazenda da família Jonas, que ficava próxima à cidade. Denise queria que o casamento fosse na fazenda da família e eu não questionei. Para mim, não importava onde fosse.

Denise havia voltado de Paris feliz pela notícia do casamento. Ela estava em uma temporada de descanso em Paris, mas ainda estava triste pela morte do marido.

A fazenda era enorme e muito linda. Havia uma casa enorme no centro, que mais parecia um hotel de luxo. Havia um haras com cavalos puro-sangue, um lago belíssimo cercado por árvores frondosas e uma área para esportes, sem falar no campo de golfe. Era o lugar perfeito para qualquer casamento, menos para o meu.

–– Selly! – Denise veio ao meu encontro, assim que entrei na casa. – Que saudades, querida. – Denise me abraçou forte. Aparentemente, havia mesmo sentido minha falta. – Nem acredito que você e o Nichola se acertaram. Você é a nora que eu sempre quis. – fiquei mal por ela ter dito isso, afinal era tudo uma mentira. Nick e eu não havíamos nos acertado.

–– Obrigada, Denise. Você é a sogra que eu sempre quis. – isso não era mentira, eu sempre quis uma sogra como ela.

–– Não se preocupe com nada. – ela me guiou até o meu quarto na casa. – Está tudo pronto para amanhã. O bufê já chegou e está tudo uma delícia, o padre chega amanhã, os convidados confirmaram presença e o seu vestido já está no seu quarto. – ela dizia totalmente animada. – Ah! E o Nichola está no quarto dele, que é ao lado do seu. – ela fez uma cara engraçada e eu não pude deixar de sorrir.

–– Esse é o meu quarto? – paramos em frente a uma porta.

–– Sim. – o celular dela tocou. – Vou deixar você à vontade. Parece que a equipe técnica chegou.

Fiquei aliviada por finalmente ficar só. Entrei no quarto, deixando minha mala em um canto, e me joguei na macia cama. De repente, me veio uma dor no peito, como a que eu sentia todos os dias desde que eu descobri que Nick só me enganou. Inevitavelmente, comecei a chorar. Deitei-me de lado e deixei que as lágrimas caíssem.

O que eu estava fazendo? Eu ia me casar com a pessoa que mais me magoou. Eu não conseguia mais me enganar; eu nunca seria feliz ao lado dele. Talvez eu nem aguentasse por um ano. Senti culpa por ter aceitado. Mas o que eu poderia fazer? Deixar minha mãe morrer? Isso eu nunca poderia fazer.

–– O que você tem? – Nick entrou no meu quarto, assustando-me.

–– O que você acha? – eu disse me sentando na cama, tentando enxugar as lágrimas.

–– Se eu soubesse, eu não estaria perguntando. – nesse momento, eu queria saber onde estava aquele Nick gentil e que me protegia. Será que tudo não passou de farsa?

–– Vá embora. – eu me deitei novamente, ficando de costas para ele.

Senti-o se sentar na cama ao meu lado, mas não me virei. Permaneci encarando os travesseiros macios à minha frente.

–– Sei que não quer se casar comigo. – ele pausou. – Eu também não queria me casar assim...

–– Você nunca gostou de mim. Tudo foi uma mentira. – eu não aguentava mais segurar tudo aquilo. – Eu me apaixonei por uma pessoa que não existia...

–– Você acha que eu fingi tudo aquilo? – ele me virou para ele.

–– Eu escutei você falando com o seu amiguinho Josh.

–– Eu já te contei essa história uma vez. Não é necessário repetir. – ele se referia ao fato de, supostamente, ter se apaixonado por mim durante a aposta.

–– Eu sou idiota. – sentei-me na cama. – Isso é passado, esse casamento é só interesse, você ganha, eu ganho. – eu não queria mais tocar nessas feridas do passado. – Você não acha?

–– Eu... – ele me fitou. – Concordo. – nesse momento, eu tive certeza que ele nunca sentiu e nem sentia mais nada por mim. – Temos ensaio do casamento agora.

–– Pode ir, eu já ‘tô indo. – ele se levantou e saiu pela porta lentamente.

(...)



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Creditos Danny

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