segunda-feira, 28 de abril de 2014

Capitulo - 47 II Temporada

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–– Nick... – nossa, eu realmente estava mal, parecia que estava dopada ou algo do tipo.

–– Quer me explicar? – ele entrou no quarto batendo a porta com força, nesse momento, senti alguém se mexer ao meu lado. Sentei-me na cama rapidamente e olhei para o meu lado, quase cai para trás, parecia que era mentira. Do meu lado na cama estava Jack, deitado, seminu. – É isso que você faz quando eu saio?

–– Nick, eu... – era difícil pensar, imagina só como estava sendo terrível falar. – Não sei o que está acontecendo.

–– Pois eu sei. – eu podia sentir a raiva na voz dele. – Você transou com o homem mais desprezível da face da Terra.

–– Ah, bom dia, Nicholas. – Jack disse levantando-se da cama e colocando as calças, como se tudo aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

–– Bom dia o caralho, eu vou matar você! – Nick foi em direção a Jack e o empurrou com força contra a parede. – Como você pode ter tocado nela?

–– Ao contrário de você, não foi à força e ela gostou muito. – Nick deu um soco no rosto de Jack, o que fez com que ele caísse no chão. – A verdade dói, não é?

–– CALA A BOCA. – eu não tinha reação nenhuma, mas eu pude sentir quando as lágrimas desceram por meu rosto. Será que eu tinha mesmo ido para a cama com ele? Não era possível, eu sei que, mesmo bêbada, eu não trairia o Nick, mesmo que ele fizesse isso comigo.

–– Nick, eu não fiz nada... – eu tentei me levantar da cama enrolada nos lençóis, mas fui ao chão, minhas pernas não me obedeciam.

–– E como você explica essa cena? – ele me olhou de cima, eu podia ver o desprezo nos olhos dele. – Olha só para você! – olhei para mim mesma, estava de roupas íntimas, uma lingerie preta com detalhes vermelhos. Eu segurava o lençol fino na frente do meu corpo.

–– Eu não me lembro... – era terrível aquela sensação de que haviam apagado a sua memória. – Por favor, eu não fiz nada, acredite em mim. – tentei ficar de pé mais uma vez, mas não consegui.

–– Fez sim! – Jack riu levantando-se do chão. – Fez muito bem, eu diria. – nesse momento, eu pensei que Nick ia matá-lo, eu vi os punhos cerrando-se de raiva, o vi tremer de puro ódio.

–– SAI DA MINHA CASA, JACK! – Nick tentou dizer calmamente. – Eu admitia tudo, você querer a minha empresa, você querer a minha casa, você querer a minha vida, mas ela não.

–– Na verdade, eu só a queria mesmo. E como foi bom, sobrinho. – senti uma dor cortar meu peito, eu não conseguia parar as lágrimas, sentia-me suja tendo ido para cama com ele.

–– Saia agora! Antes que eu seja preso por te matar! – eu permaneci no chão ao lado da cama, sentada como uma vagabunda que espera a sua sentença. – Eu vou me acertar com ela. – eu senti o tom de ameaça na voz dele. – E você, não pense que eu vou me esquecer. Porque eu não vou. Você vai preferir a morte, eu juro. – ele disse olhando diretamente para Jack, os dois encaram-se friamente por segundos, era uma guerra em silêncio.

–– Faça o melhor. – Jack pegou o resto das suas roupas e saiu do quarto batendo a porta com força.


(...)


Pareceu uma eternidade o tempo que ele ficou de pé encarando a porta pela qual Jack havia saído. Depois ele voltou-se para mim e me encarou daquela maneira fria, senti-me o pior ser do universo.

Nick caminhou lentamente até mim, instintivamente encolhi-me contra a cama apertando o lençol contra o meu peito, as lágrimas ainda rolando. Não posso negar que tinha medo do que ele me faria, com certeza ele queria ferir muito mais a mim do que ao tio.

Nick abaixou-se à minha frente ficando no mesmo nível que eu, encarei seus olhos, eu sabia que provavelmente ele ia me jogar para fora da casa dele, eu nunca mais o veria.

–– Nick, eu... – minha voz era fraca.

–– Cala a boca. – parei de falar no mesmo momento. Ele era infinitamente mais forte do que eu, com certeza, eu não poderia fazer nada contra ele. Ele levou a mão até o meu rosto e segurou em meu maxilar me fazendo encará-lo.

–– Nick, eu não fui para cama com ele... – isso era mais uma súplica por piedade do que uma explicação. – Ele me deu alguma coisa, eu não me lembro, mas eu sei que não dormi com ele, por favor... – eu dizia em meio ao choro.

–– Fica em pé! – ele mandou, levantando-se.

–– Eu não posso... Não consigo. – eu não lembrava, mas eu tinha certeza que Jack tinha me dopado. Eu nunca iria para a cama com ele de livre e espontânea vontade, mesmo ele sendo um homem lindo, eu não transaria com ele só por diversão, porque eu amava o Nick.

Nick segurou em meus braços e me fez ficar de pé, minhas pernas pareciam faltar, mas eu as sentia ali. Ele me segurou contra o seu corpo impedindo que eu caísse no chão. Assustei-me quando ele me colocou na cama e foi até o meu closet, pegou um casaco comprido e jogou na cama.

–– Veste isso. – puxei o lençol e coloquei o casaco, tudo isso com os olhos dele sobre mim.

–– O que vai fazer comigo? – eu perguntei enquanto ele pegava o celular e fazia uma ligação.

–– Sim, preciso que venha para cá agora mesmo. – ele fez uma pausa enquanto andava até a janela do meu quarto. – Sim, é um serviço para você. – ele olhou para mim. – Sim, dez minutos estão ótimos.

Enxuguei as lágrimas com dificuldade, minha respiração estava acelerada. Encarei meus pés. Eu esperava que, em dez minutos, entrasse pela porta do meu quarto um assassino profissional, que me mataria com um tiro à queima roupa e usaria um silenciador para que ninguém ouvisse o tiro. Nick assistiria tudo, o pagaria depois do “serviço” pronto e mandaria que ele desovasse o meu cadáver no rio Hudson. As lágrimas voltaram a cair depois daquele pensamento.

–– O que vai fazer comigo? – eu tornei a perguntar mesmo com medo da resposta.


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Creditos Danny

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