sexta-feira, 30 de maio de 2014

Original Sin - 29 Capitulo ( Maratona 4.4)

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Os dias foram passando. Selena estava se sentindo uma Demetria Lovato. Ia pra cama com Nicholas quase todos os dias, e a cada dia se tornava melhor. Já Demetria estava irredutível. Seu resguardo duraria 30 dias. Joseph, á noite, ria da irritação da mulher por não poder toca-lo.

Demetria: Sabe que dia é hoje? - Perguntou, mordendo o lábio pra prender o sorriso

Joseph: Por suposto que não. - Mentiu. Sabia sim que dia era. Hoje fazia um mês que Diego nasceu. O resguardo de Demetria chegou ao fim.

Demetria: Joseph! - Fez uma careta, corando. Joseph se estourou de rir. Ambos já estavam vestidos pra dormir. Joseph estava sentado na cama, encostado na cabeceira da mesma, e Demetria de pé, no meio do quarto.

Joseph: O que foi? - Perguntou, olhando a mulher corar - Anda, me diga, que dia é hoje? - Perguntou, sorrindo pra ela.

Demetria: Pois não direi. - Resmungou, indo pro seu lado da cama - Boa noite. - Disse, e se deitou, virando-se de costas pra ele.

Joseph ficou observando a mulher por um momento. Era tão linda quando ficava com vergonha. Ele se deitou, virou-se pra ela, e lhe abraçou pela cintura.

Joseph: Refresque minha memória. - Murmurou enquanto se deliciava com a pele do pescoço dela. Demetria sorriu de olhos fechados, e virou-se pro marido, que se apossou da boca dela com gana.

E aquilo durou a noite inteira. O dia estava amanhecendo, e enquanto a casa toda estava afogada em seu sono, DyC estavam mais acordados que com vontade de dormir. A paz, finalmente, reinava naquela casa. Os casais se amavam, estavam felizes. O herdeiro era forte, saudável. Só havia uma peça sem seu par. Gregg.

Gregg: Selly, eu vou viajar. - Anunciou, em uma das tardes em que Nicholas trabalhava e S&G ficavam no chalé.

Selena e Gregg não haviam se tocado mais, desde a reconciliação de N&S. Eram os melhores amigos, desde então.

Selena: Porque?

Gregg: Eu quero ver a Britt. - Disse, simplesmente. Selena franziu a sobrancelha, desconfiada - Saudade. - Admitiu, sincero.

Selena: Porque você não traz ela? - Pediu, só pra ser agradável. Sabia que sentiria ciúme de Britt. Mas se era por Gregg, ela estava disposta.

Gregg: Ainda não. Mas trarei. - Prometeu

Selena: Quando você vai?

Gregg: Hum... - Ele consultou o relógio em seu braço - Daqui a 2 horas. - Sorriu torto, provocando ela.

Selena: Gregg, como pôde? ' - Reclamou, vendo ele se levantar

Gregg: Surpresas são sempre tão agradáveis. - Brincou com a irritação dela - Preciso ir. Ainda há algumas coisas pra por na mala.

Selena: Quanto tempo você demora? - Perguntou, acompanhando-o até a porta.

Gregg: Não sei ao certo. Selly, eu deixei a Britt sozinha muito tempo. Eu preciso dela. Mas voltarei, prometo. - Sorriu novamente.

Selena assentiu, pensativa. Não queria fazer, mas se sentia culpada por estar desprezando-o. Sabia que ia se sentir suja, imunda quando voltasse pra Nicholas, mas era necessário. Ela engoliu em seco e se aproximou dele, erguendo-se pra beijá-lo, mas ele desviou o rosto.

Gregg: Desse jeito não. - Disse, antes de acariciar o rosto dela. Selena sorriu. Gregg era perfeito. Ele a entendia. - Até a volta, minha Selly. - Ele beijou a testa dela, e então tinha sumido, deixando apenas seu perfume.

Gregg foi embora. Selena voltou andando pra casa. Jantou, normalmente. Depois, pediu licença e foi pro quarto. Vestiu sua camisola e ficou lá, olhando a chuva pela janela, perdida em seus pensamentos. Estava sendo injusta com Gregg. Entretanto, não tinha coragem de abortar seu casamento, agora que parecia estar funcionando. Era um sonho que virava realidade.

Nicholas: Você sente falta dele. - Afirmou tempos depois, antes de se postar atrás dela, segurando-a levemente pelos ombros

Selena: Não é só isso. Porém, sinto falta sim. Gregg é um grande amigo. - Disse, se aconchegando no peito dele.

Nicholas: Só um amigo? - Perguntou, acariciando os braços dela, enquanto lhe olhava.

Selena: Apenas um amigo. - Confirmou. E não era mentira. Há tempos ela não desejava Gregg como homem. - Parece que não vai parar de chover nunca. - Observou, olhando a chuva. Nesse instante uma rajada de vento se jogou contra a janela. Nicholas riu.

Nicholas: Desde que eu me entendo por gente está chovendo. - Concluiu, com uma careta. Selena riu, e ele sorriu pra ela.

O azul do olhar de Selena encontrou o verde do olhar dele, e então ela não lembrava do que estava rindo.  Ele sorriu de canto enquanto aproximava os lábios dos da esposa, lentamente. Quando os lábios se tocaram, um trovão estrondou do lado de fora, assustando Selena. Nicholas riu e segurou o rosto dela, apossando-se de sua boca docemente. Os dois estavam começando a curtir o beijo, quando o choro de Diego cortou o silêncio predominante. Eles deixaram pra lá, mas como ninguém foi ver o menino, se separaram.

Selena: Eu vou ver ele. Me espera. - Nicholas afirmou e ela ia saindo, quando a voz de Joseph veio do outro lado.

Joseph: Não precisa, eu estou indo. - Dispensou. Selena se virou de volta, sorrindo.

Nicholas: Eu nunca disse, mas você estava linda quando Diego nasceu. Tinha algo diferente no seu rosto. - Ele disse, enquanto ela voltava pra ele, recebendo-a em seu abraço e acariciando lhe a maçã do rosto.


Selena: Foi um dia difícil. Mas depois, quando ele estava lá, berrando tal como um condenado, tinha valido a pena. E o cheiro. - Nicholas franziu a sobrancelha - Você precisava sentir o cheiro da respiração dele. Ele nunca tinha comido nada. Cheirava a vida. - Ela sorriu, enquanto ele acariciou o maxilar e o pescoço dela com seu nariz e rosto

Nicholas: Estava perfeita. Algo no seu olhar havia mudado. - Comentou, beijando a curva do rosto dela de leve.
Selena: Eu quero te dar um filho, Nicholas. - Concluiu, com um sorriso de canto no rosto. Viu Nicholas parar e, um instante depois, ergueu os olhos pra ela - Eu quero ser mãe de um filho seu, Sr Jonas. - Nicholas sorriu, e após por a mão na nuca dela, apossou-se de sua boca sedentemente.

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Creditos Samilla Dias

Original Sin - 28 Capitulo ( Maratona 3.4)

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O jantar foi normal. Demetria apareceu, com Joseph. O pequeno Diego ressonava em algum lugar no andar de cima. Depois, todos foram pra sala de estar. A chuva castigava os telhados do lado de fora. Selena sentou abraçada com Nicholas, Demetria com Joseph. Gregg havia ido dormir. Após isso, foram, cada um pro seu canto. N&S ainda trocaram alguns carinhos antes de dormir, nada demais. Selena acordou no dia seguinte com um bilhete ao seu lado, avisando que tinha saído. Ela se sentia disposta. Se arrumou, tomou café, e resolveu ir ver Seth. Passou bem 1 hora e meia com o cavalo, mas ainda não se sentia pronta pra monta-lo de novo. Estava caminhando pelo jardim, quando Nicholas apareceu, voltando da cidade, montado em seu cavalo. Ele sorriu, correspondendo ao sorriso dela, e desceu do cavalo, que seguiu seu rumo. Ele a beijou brevemente, e a acompanhou em sua caminhada. Só que a chuva que desabou os obrigou a voltarem correndo pro estábulo, aos risos.

Nicholas: Olha só você. - Disse, afastando o cabelo molhado dela de seu rosto. Em seguida tirou seu terno e colocou em volta dos ombros dela. Os dois se encararam por um segundo, mas logo tiveram outra crise de riso. O cabelo curto de Nicholas gotejava agua.

Assim ficaram por minutos. Ela se sentou num muro do estábulo, e Nicholas se sentou num banco alto que tinha, perto dela. Ela estava perdida em seus pensamentos, quando ele começou.

Nicholas: Não quero que tenha rancor. - Disse, olhando pra frente, como se estivesse sozinho - O que eu tive por Samatha foi mais que amor. Foi uma fixação. Uma doença.

Selena: Não tenho rancor. Não agora. - Concluiu, olhando-o

Nicholas: Eu era um adolescente. Não sabia nada da vida. Meu pai me venerava. Eu tinha tudo, Selly. Tudo, menos limites. E então ela apareceu. E era a coisa mais atraente, mais excitante que eu já tinha visto na vida. Eu era um menino, ainda. - Ele observou, olhando a chuva - E eu me apaixonei por ela. Eu já estava acostumado com a ideia de me casar com você. Você era linda, e eu era superficial. Mas eu me apaixonei por ela, e tudo perdeu o sentido. Era ela.

Selena: Sempre há um momento onde você pode parar. Um momento um minuto antes de estar tudo perdido. O momento onde você sabe, que se sair agora, vai superar. Houve esse momento pra você.

Nicholas: Deve ter havido. Mas ela não deixou que eu o percebesse. - Disse - Samatha era mais mulher do que eu era homem. Me seduziu, levou os meus sentidos. E eu estava preso. - Ele admitiu - Mas ainda havia você. E eu lutei contra todo mundo. Não adiantou. Eu era um adolescente eles eram a razão me chamando. Então eu quis fugir. - Ele engoliu em seco - Eu não lembro. Minha mãe apareceu. Eu perdi o controle da situação. Só me lembro que, na tentativa de resolver as coisas, surgiu uma dor sufocante na minha cabeça, e eu apaguei. Quando acordei... - Ele hesitou - Estavam mortas. - Ele respirou fundo - Naquele dia, de certa forma, eu morri também. - Admitiu - Eu passei os dias trancado em casa, sentindo a minha dor. Meses depois comecei a me reerguer. Mas não era mais o mesmo. Não tinha sentimentos. Não sentia alegria, amor, felicidade, compaixão. Só ódio. Eu aceitei o meu destino. Eu aceitei você. Samatha estava morta, que sentido fazia ir contra o meu pai? Então eu estava voltando pra casa, após ficar mais um dia até tarde trabalhando, e ao passar em frente a sua casa, um vulto louro corria desesperadamente. Corria de mim. - Ele sorriu de canto com a lembrança - Eu já havia visto você antes daquilo. Mas você era pequena. E agora você tinha crescido. Estava linda, mesmo soando e ofegando como estava.

Selena: E você me odiou. - Concluiu, olhando-o.

Nicholas: Odiei. Odiei com todas as forças que eu tinha. Porque eu olhava nos seus olhos e eu via ela. Ela não suportava você. - Ele fez uma careta - E eu prometi a mim mesmo que eu faria da sua vida um inferno. Um inferno tal como era a minha vida. Mas, como vemos, você com o seu dom de irritação e persistência não deixou. E eu me odiava, porque eu amava você. - Ele riu de si mesmo - Eu machuquei você. Eu te feri. Eu te fiz sentir dor. Mas nada funcionou. Era você. Eu queria ser amável com você, mas toda vez que eu tentava, era ela que eu via.

Selena: Você superou isso. - Afirmou, olhando-o

Nicholas: Creio que sim. Durante anos eu montei aquele santuário a ela no terceiro andar. Eu cuidei dele como de um filho. Mas depois que você chegou aqui, eu não tive mais vontade de voltar. - Ele hesitou - Samatha estava grávida, Selly. - Admitiu, amargo.

Pra Selena, foi como receber uma bela bolacha pelo meio da cara. Um filho. Morto. Ela ergueu as sobrancelhas, aturdida.

Nicholas: Não quero que isso sirva de desculpas por tudo o que eu fiz. Não vai haver perdão. Mas era meu filho. Era minha mãe. Era minha mulher. - Selena assentiu, pensativa - Nós vamos melhorar, Selly. Um dia eu vou mandar desocuparem o terceiro andar. E tudo estará bem. Eu te prometo. - Ele se aproximou dela e a abraçou, e ela retribuiu o abraço. Agora sabia como aquela pedra fora plantada no lugar do coração dele. Mas ela cuidaria disso. Ela o faria feliz, prometeu a si mesma.

Selena: Amor, e a Suri? - Nicholas sorriu, soltando ela.

Nicholas: Eu odiei você porque você me lembrava a Samatha. Mas a Suri... - Ele riu brevemente - A Suri é a cópia perfeita da minha mãe. Era como olhar pra um fantasma. Ai você chegou... - Ele tocou o nariz dela - E me obrigou a olhar a menina andar pela casa, sapateando com roupas novas. - Selena riu do deboche dele

Selena: Eu tô com frio. - Disse um tempo depois, se abraçando a ele de novo.

Nicholas: Vamos pra casa. - Disse puxando ela do muro e a abraçando pelo ombro. Selena o abraçou pela cintura e eles se lançaram a chuva fraca, rumando pra casa.




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Creditos: Samiilla Dias

Original Sin - 27 Capitulo ( Maratona 2.4)

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Selena: Ai! - Gritou recuando ao entrar no banheiro e ver Nicholas ali, encostado perto do espelho, sem o paletó e descalço - Que susto, Nicholas! - Ela pôs a mão no peito, tentando regularizar a respiração. Ela ainda estava de toalha, pelo banho recém-tomado. Voltou ao banheiro pra buscar algo, e se esqueceu do que era quando o viu ali. De onde ele tinha saído?

Nicholas: Eu te assusto? - Perguntou, divertido com a expressão dela.

Selena: Não, imagina. - Disse irônica, voltando pro quarto.

Selena ouviu Nicholas rir. Era aquele riso sincero, que ela amava. Sorriu, enquanto pegava um espartilho no guarda-roupas. Quando se virou, ele estava lá, assustando-a de novo.

Selena: Pelo amor de Deus, quer parar com isso? - Perguntou, acusando-o com o olhar. Mas Nicholas sorriu. - Vai ficar ai?

Nicholas: Sou seu marido, qual o problema de se trocar na minha frente? - Perguntou, enquanto se ajeitava na cama, como quem se prepara pra ver um filme.

Selena olhou pro chão, enquanto sentia o rosto corar. Seu cabelo estava molhado, e caiu uma mecha pelo rosto. Nicholas olhou ela colocar o fio no lugar com fascinação. Que diabo deu nele?

Selena: Que seja. - Respondeu, dando de ombros. Ela pôs o shortinho da roupa de baixo (tipo aquelas calcinhas shorts, só que um dedinho maior), por baixo da toalha mesmo. Nicholas ergueu a sobrancelha, esperando. O espartilho ela não poderia colocar com a toalha - Você tem algum problema? - Perguntou, virando-se pra ele.

Nicholas: Por suposto que não. - Disse, sorrindo pra ela - Porém, se você continuar de toalha na minha frente, nós vamos ganhar um. - Alfinetou, e Selena fez uma careta.

Selena: Tudo bem. - Ela respirou fundo e deixou a toalha cair, expondo seus seios. Abriu o espartilho e colou-o no corpo, virando as mãos pra trás, e começando a puxar os frios.

Mas era tarde demais. O olhar de Nicholas tinha se dilatado enquanto olhava ela, que a pouco esteve nua em sua frente, e agora estava ali, com aquele pingo de roupa. Chovia lá fora, como sempre. Ele observava o corpo dela, as coxas torneadas, o traseiro volumoso, a cintura definida. Era tarde, muito tarde. Ele viu a dificuldade que ela começou a ter pra puxar os cordões, e prontamente se levantou.

Coloque a cabeça em meu travesseiro,
Eu sentarei ao seu lado na cama.
Você não acha que está na hora
De dizermos algumas coisas que não foram ditas? ♫

Nicholas: Venha aqui. - Ele apontou pra penteadeira. Ela ergueu a sobrancelha, mas foi. Ia precisar da ajuda de alguém mesmo. Foi até ele e se amparou na mesa, se inclinando um nadinha pra frente, e Nicholas foi pra trás dela.

Selena: Mas, o que... - Ia perguntar, quando sentiu o que tinha amarrado ir se afrouxando - Nicholas, porque...?

Nunca é tarde para voltar àquele lugar,
De volta para o caminho que nós estávamos ♫

Nicholas: Eu quero você, Selly. - Anunciou, abraçando-a por trás, e dando-lhe um beijo chupado no pescoço - E eu quero agora. - Concluiu, encontrando o olhar dela pelo espelho.

Por que você não olha para mim
Até que não sejamos mais estranhos? ♫

Selena: Nicholas, a Demetria está precisando...hum! - Ela tentou se esquivar, deixando seus instintos mais puros falarem. Não funcionou. Nicholas fez ela se curvar sobre a penteadeira novamente e se inclinou sobre ela. Passou a mão por sua cintura e puxou ela pra si, fazendo-a sentir sua potente excitação, consequentemente arrancando um gemido abafado dela. - Não faz. - Pediu, derrotada.

Nicholas: Porque não? - Murmurou, antes de morder a orelha dela de leve, fazendo-a se arrepiar

Ás vezes é difícil de me amar,
Ás vezes é difícil de te amar também ♫

E foi assim. Nicholas atiçava Selena de todas as maneiras, torturava ela, e observava suas reações pelo espelho. Ele terminou de puxar o espartilho dela, jogando-o no chão, e se apossou dos seios da mesma com as mãos em seguida. Selena gemeu abafado e deitou a cabeça no ombro dele, cerrando os olhos. Ele tirou os cabelos molhados dela da frente, e começou a distribuir beijos chupados pelas costas dela. "Não deixe ele te usar", Selena se repetia mentalmente. Mas as mãos, a boca dele, pareciam queimar sobre sua pele. Ele estava beijando sua nuca, quando sentiu ela meio que rebolar, fazendo uma pressão deliciosamente dolorosa no quadril dele. Já era difícil se controlar sem nada. Com ela provocando-o, era impossível.

Nicholas: O que você...? - Ele se calou ao ver o olhar triunfal dela pelo espelho. Ela, vendo que sua tentativa deu certo, voltou a rebolar sobre ele.

Eu sei que é difícil de acreditar
Que o amor pode nos salvar ♫

Nicholas sorriu de canto e pousou o rosto no ombro dela, deixando-a livre pra tortura-lo. E continuou assim, cada vez pior, ao passar dos minutos. Até que foi demais pra ele.

Nicholas: Maldição. - Murmurou com urgência - Vai ser minha agora, Selena. - Disse, se afastando dela e abrindo o colete com pressa. Alguns botões se soltaram com isso.

Seria tão fácil viver sem os problemas
Me abrace, baby
Até que não sejamos mais estranhos ♫

Selena se virou pra ele e abriu ela mesma a camisa do mesmo, que sorriu olhando ela.

Nicholas: Me encanta. - Sussurrou pra si mesmo, antes de acariciar a maçã do rosto dela.

As mãos de Selena eram mais ágeis que as dele, e rapidamente a camisa parou no chão, sem dano nenhum. Juntos, os dois terminaram de despi-lo, e ele rasgou o short dela sem gentileza nenhuma. Ele passou a mão na penteadeira, jogando tudo que havia ali no chão, sentando-a na penteadeira e a invadindo bruscamente. Selena estava tão excitada que não sentiu dor nenhuma com isso. Um gemido de alivio escapou da garganta dos dois ao sentirem seus corpos juntos.

É difícil encontrar o perdão
Quando apagamos as luzes ♫

Nicholas: Olhe pra mim. - Pediu, sem se mover, olhando-a com a visão dilatada. Selena virou o rosto pra olhar ele. Os olhares dos dois se encontraram, e o azul e o verde inflamavam de desejo. - Eu tô amando você. - Assumiu, encarando-a. Selena sentiu como se um alfinete tivesse lhe atravessado o coração. Então, ele a beijou.

A escrivaninha era rasa, então Selena enlaçou as pernas na cintura dele, que a segurou. Ele começou a se movimentar agressivamente, brutamente, pro deleite dos dois. Selena abraçou ele, e então estava segura. Os quadris e as coxas dela, com o passar do tempo, ganharam marcas vermelhas das mãos dele. O ombro da mesma estava marcado com os beijos que ele deixou. Selena ouvia uns gemidos meio grunhidos de Nicholas de vez em quando, e sorria com isso. Selena tinha as mãos nas costas largas dele, que tinha marcas das unhas dela. Os dois se consumiam, um ao outro, aos poucos. A cada estocada que recebia, Selena grunhia baixinho, perdida em seu prazer. Nunca havia sido assim. Dessa vez os dois estavam entregues. Sem receios, sem medos.

É difícil dizer o quanto se está arrependido
Quando não diferenciamos o certo do errado ♫
Seria tão fácil passar a vida inteira se divertindo;
Então vamos resolver isso,
Não há razão para mentirmos ♫


O tempo passou, e a única coisa que mudou foi que os gemidos dos dois se tornaram mais intensos, e os dois começaram a soar. Selena soltou um gemido, quase grito, e desfaleceu nos braços dele. Tempos depois foi a vez de Nicholas, que com um ultimo grunhido, se satisfez. Como não sabia se teria forças pra amparar os dois, ele carregou ela até a cama, desabando com a mesma ali. Ela estava de costas pra ele, e os dois ofegavam de olhos fechados, em puro deleite. Minutos depois, ao recuperar as forças, Nicholas riu baixo antes de beijar a pele das costas dela. Ao ouvir o riso dele, Selena riu também.

Seria tão fácil passar a vida inteira se divertindo,
Então vamos resolver isso,
Não há razão para mentirmos ♫

Selena: Estúpido. - Murmurou, se virando pra ele. Ele deu um beijinho no nariz dela, que fez uma careta, e o abraçou.

Me diga, quem você vê quando você olha em meus olhos?
Vamos unir os nosso corações novamente,
E os pedaços estarão espalhados pelo chão ♫

Selena se sentia plena. Se sentia amada. Os dois ficaram ali, rindo, se curtindo, enquanto a noite e a chuva dançavam do lado de fora. Por fim, Selena precisou tomar outro banho. Nicholas foi com ela. Os dois tomaram banho entre beijos e carinhos.  "Eu estou Amando Você." Ela sonhou tanto com ouvir isso. Ela sorria cada vez que as palavras lhe voltavam a cabeça. Dessa vez ele deixou ela se arrumar em paz. Ou quase.

Nicholas: Ei, não prenda os cabelos. - Pediu parando atrás dela na penteadeira, segurando seus braços levemente.

Selena: Porque? - Perguntou, confusa

Nicholas: Gosto deles soltos. - O cabelo de Selena estava tecnicamente seco, e já tinha recuperado seu liso-sem-cachos. Ela revirou os olhos e o obedeceu. Nicholas riu.



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Creditos: Samilla Dias

Original Sin - 26 Capitulo ( Maratona 1.4)

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Selena: Cala a boca, Théo. - Ordenou, virando-se pra Demetria - Com quantos meses você tá?

Demetria: 8. - Disse, com a sobrancelha franzida - Ai. - Olhou a barriga, confusa

Théo: O bebê vai nascer. - Anunciou, calmo.

Selena: O que foi? - Perguntou, se assustando

Demetria: Algo... molhado. - Ela tocou o vestido, estranhando. Selena levantou de supetão.

Nicholas não devia estar longe. Porém, era longe demais pra Demetria. Selena estava atônita enquanto disparava pelo corredor atrás de Rosa. Até que se bateu em Gregg.

Gregg: Selly? - Perguntou, confuso com a exasperação dela - O que houve?

Selena: Vá atrás de Joseph. - Disse rápida e seriamente, se soltando dele - ROSA! - Gritou, avançando novamente.

Mas Gregg entendeu. Ao passar pela sala, e ao ver o rosto de Demetria, teve sua confirmação. E então, havia sumido. A ultima coisa que se ouviu dele foi o relincho de Jake. Havia pressa. O herdeiro ia nascer. Selena mandou Rosa chamar a parteira, urgente, e foi ajudar Demetria. Suri, assustada, quis saber o que Demetria tinha, porém, não obteve sua resposta. Demetria estava apavorada. Nunca pensou nesse momento. Selena ajudou ela a soltar o espartilho, e por a camisola de algodão novamente. Enquanto isso, Gregg voava pela cidade. Quando chegou ao escritório dos Jonas, foi recebido com surpresa.

Nicholas: Mas, que... - Começou, confuso, ao ver o irmão entrar no escritório

Mas Gregg tinha pressa. Varreu a sala a procura de Joseph, encontrando-o num canto, revistando uns papéis.

Gregg: Teu filho vai nascer. - Anunciou, urgente.

Joseph encarou Gregg por uma fração de segundo, captando a mensagem. Em seguida, encarou Nicholas brevemente.

Joseph: Demetria. - Murmurou pra si mesmo antes de disparar pela porta. Estava só de colete, e não se importou em vestir o paletó.

Nicholas e Gregg correram atrás do irmão. As pessoas da cidade se assustaram ao ver os três Jonas unidos, e com tal urgência. Então, os três eram apenas vultos montados em cavalos, costurando o chão de terra velozmente. Joseph principalmente. O herdeiro ia nascer.

Joseph: Onde está Demetria? - Perguntou, atônito, a Théo e Suri, quando entrou correndo na sala.

Mas não foi preciso resposta. Nesse instante, Demetria, com o primeiro grito, anunciou que o parto havia começado. Joseph parecia ter levado um tapa na cara. Avançou para a escada, mas os irmãos o seguraram.

Nicholas: Nem pense nisso. Você fica aqui e espera. - Disse, calmamente. Porém, por dentro, se roía de ansiedade. Nunca tinha pensado nisso, mas tinha afeto por essa criança.

Suri: A Selly tá com ela.

Théo: A Rosa também. E a... como era o nome? - Hesitou, pensativo - Ah, sim. A parteira, também.

Não havia nada que ser feito. Com Demetria, Joseph e sua aflição só atrapalhariam. Os minutos foram passando, e não houveram noticias. Somente os gritos de Demetria denunciavam que havia um parto sendo feito.

Joseph parecia estar sendo torturado, pela angustia que havia em seus olhos a cada grito que Demetria dava. Nada o desviava daquilo. Ele já soava, sentado, com os cotovelos apoiados nos joelhos. Até Nicholas, que era conhecido por ter uma pedra no lugar do coração, estava incomodado com o sofrimento do irmão. Fazia sinal pra Gregg dizer alguma coisa, mas ele parecia na mesma situação.

Nicholas: Er... - Gregg fez sinal pra ele tentar distrair Joseph - Então, Joseph. - Procurou as palavras. Joseph o encarou, e o mel de seus olhos era agoniado - Qual nome vocês vão dar?

Joseph: Se for homem, Diego. - Se interrompeu com um grito de Demetria. Olhou pra cima e suspirou - Se for mulher, Victória. A minha menina. - Sorriu, torturado pelo sofrimento da amada.

Naquela época, ter um filho homem era um orgulho. Se fosse menina... bom, pelo menos tinha saúde. Mas Joseph disse o nome da filha com tanto amor, era anormal. Os minutos continuaram passando, e se converteram em horas. Lá em cima a situação também não era fácil. Demetria já coroava de dor. Selena estava atônita com o desespero da irmã.

Parteira: Força! - Pediu, animando Demetria. A cabeça do bebê estava quase do lado de fora.

Selena: Vamos, Demi. - Pediu, angustiada. Ela segurou a mão de Demetria durante todo o parto. Sua mão estava quase sangrando agora.

Demetria: Eu não agüento mais. - Murmurou, no meio de seu choro.

Selena: Pelo seu filho. Pelo Joseph. - Insistiu. Demetria assentiu, e fez força de novo.

Mais minutos se passaram, e finalmente, com um ultimo grito, o herdeiro nasceu. Era um menino, chorava, esperneava. Demetria riu entre as lágrimas. Selena pegou o menino na manta, enquanto a parteira e Rosa cuidavam de Demetria.

Demetria: Leve ele pro pai. - Pediu, sem forças, sorrindo, quando Selena terminou de limpar o bebê. Selena assentiu.

Selena avançou pelo corredor, olhando o menino nos braços. Não havia aberto os olhinhos ainda. Tinha um cheiro diferente. Cheirava a vida. Ela desceu as escadas, e encontrou o olhar de Joseph, que chorava com a mão na testa.

Selena: O seu menino. - Disse, e entregou Diego a Joseph, que o segurou, derretido. - Demetria está bem. Apenas está cansada. - Respondeu ao olhar indagador e preocupado dele.

Nicholas sentiu algo diferente ao ver Selena carregando o bebê. Por uma fração de segundo, quis que aquele menino fosse seu. Estava aturdido. Odiava crianças, qual o problema agora? Franziu a sobrancelha, e quando olhou Selena, viu que ela, mesmo sem olha-lo, tinha a mesma expressão.

Joseph: Ninguém vai trabalhar. - Murmurou, quando o bebê segurou seu dedo, sem força nenhuma - Todos os empregados, dessa mansão, da empresa, do raio que me parta em dois, ninguém vai trabalhar. Serão pagos pra ficar em casa uma semana, descansando e comemorando, com tudo do bom e do melhor, o nascimento do meu filho. - Disse, orgulhoso e fascinado com a criança em seus braços. Gregg sorriu.

E foi como Joseph mandou. Gregg voltou ao escritório, e avisou a todos que ninguém trabalharia durante 7 dias, e que os Jonas pagariam festas por todos os cantos. A chegada do Herdeiro merecia ser comemorada. E todos comemoraram, só não se sabia se era pelo nascimento de Diego, ou pela semana de folga e a festa bancada.



Joseph: Demi? - Perguntou, entrando no quarto. Tinham lhe tirado Diego pra lhe dar os cuidados necessários. Demetria já havia tomado banho. Rosa trocou tudo no quarto, estava tudo limpo. A ruiva repousava entre os fofos travesseiros, com os cabelos presos, e em uma camisola que parecia absurdamente confortável. Ele se aproximou dela, sentando-se ao seu lado na cama. Ela ressonava levemente. Estava lá, olhando-a a minutos, quando ela despertou.

Demetria: O bebê? - Perguntou, sonolenta.

Joseph: O nosso Diego está bem. Foi com a Selena e a Parteira, elas vão traze-lo logo. - Demetria sorriu - Você está bem? - Acariciou o rosto da amada, preocupado

Demetria: Tenho a sensação de que vou dormir por uma semana. - Disse, se abraçando ao peito dele, Joseph riu.

Joseph: Vou deixar você dormir. - Disse, se levantando, pronto pra dá-la o sono que tanto precisava. Mas Demetria não deixou.

Demetria: Não! Fique. - Segurou o braço dele - Deite aqui comigo. - Ela chegou pro lado, e ele, após tirar os sapatos e as meias, deitou-se ao lado dela, que o abraçou novamente, pousando a cabeça em seu peito. Joseph aninhou ela em seus braços e a ninou, enquanto deixava os lábios pousados na testa dela. - Se importa se eu dormir assim? - Perguntou, dengosa. Joseph sorriu.

Joseph: Descanse em paz, meu amor. - Murmurou contra a testa dela, selando os lábios com a mesma em seguida. Não demorou muito, Demetria desabou em seu sono, e Joseph ficou ali, a afagá-la. Sua vida sem ela não era nada, notou, enquanto embalava o sono da amada.



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Creditos: Samilla Dias

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Original Sin - 25 Caitulo (Saindo um Especial Nelena)

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Musica da Cena: Sexed Up - Robbie WilGreggs

Os Jonas permaneceram no baile pela madrugada a dentro, mas era tarde. Suri dormia no ombro largo de Gregg. Se despediram de todos, e foram embora. Perante o frio que fazia, Gregg aconchegou Suri nos braços, Demetria se embaraçou com Joseph, e Selena e Nicholas foram abraçados. O clima estava bom, até que Demetria fez um comentário sobre o vestido de Selena. Nicholas endureceu ao lado dela, lembrando-se. Selena sorriu, fria. Ao chegarem em casa, cada um foi pros seus aposentos.

Nicholas: Agora diga-me, em nome de Deus, que idéia idiota foi a de usar esse vestido? - Perguntou, raivoso, trancando a porta do quarto

Selena: Combinou com a ocasião. - Respondeu, indiferente, tirando a coleira que usava

Nicholas: Combinou com a ocasião. - Repetiu, incrédulo, se aproximando dela - Eu proibi a entrada lá em cima. Como se não bastasse o que aconteceu, você voltou lá, pra buscar esse maldito vestido! - Rosnou, encarando-a

Selena: Não fui eu. Mandei um empregado ir lá e buscar. Aquele lugar me dá nojo. - Assumiu, encarando-o pelo espelho

Nicholas: Quem? - Perguntou, atônito - Quem você mandou lá?

Selena: Conto o pecado, mas não conto o pecador. - Desafiou sorrindo, virando-se pra ele.

Falar bobagem só piora as coisas
Estou me acostumando com o que você disse ♫

Nicholas: Qual o seu problema? - Perguntou - Eu te enchi de vestidos! Mandaria fazer um a sua vontade! É pra me provocar, claro.

Selena: O meu problema? - Repetiu, fria - O meu problema é você, Nicholas. O meu problema é o nosso casamento. O meu problema é a farsa que eu estou vivendo, presa a você. - Disse, dura.

Nicholas: Nunca mais repita isso. - Ordenou, duro - Nosso casamento não é uma farsa. Você me ama. - Lembrou, com um sorriso brotando no rosto - É assim que funciona. - Selena revirou os olhos - E se temos problemas, a culpa é integralmente sua. - Ela ergueu as sobrancelhas, incrédula - Me diga, Selena. Que diabos você fez até hoje por nós dois? - Perguntou, duro.

Não, isto não é imaginação minha
Eu não posso fazer milagres o tempo todo ♫

Essa foi a ultima torneira d'agua pra Selena. Como assim "o que ela fez por eles dois"?

Selena: O que eu fiz? - Perguntou, em voz alta - Eu fiz das tripas coração por nós dois! Eu tentei te agradar, mesmo contra a minha vontade! Eu tentei amar você, seu animal! - Gritou, jogando pra fora o que lhe matava por dentro. Nicholas apenas a observava, irritado - E o que você fez? - Perguntou, dura - Se lembra, Nicholas? - Um sorriso amargurado nasceu no rosto dela - Aqui, - Ela bateu com os pés no assoalho - Bem aqui, onde eu tô pisando. Você ainda se lembra? Você me torturou. - Acusou. Ela sentia um peso saindo do corpo ao dizer isso em voz alta. Junto com o peso que saia dela, seus olhos foram, curiosamente, humedecendo mais que o normal - Me machucou. Me feriu. Você me jogou a morte, Nicholas! Se não fosse por Gregg, eu estaria morta agora, largada lá em cima! - Ela disse em voz alta - Pela adorada Samatha. - Disse, irônica, e viu a maxilar de Nicholas se trancar

Por que não conversamos sobre isso?
Por que você sempre duvida de que possa existir uma saída melhor?
Isto não me faz querer ficar ♫

Nicholas: Selena... - Advertiu

Selena: EU NÃO TIVE CULPA! - Gritou, enfurecida - EU NÃO PEDI PRA ME CASAR COM VOCÊ! EU NÃO MATEI ELA! - E então ela se sentia tão leve, que se achava novamente capaz de chorar. Seus olhos, inundados, confirmavam essa teoria. - E você, o que fez, Nicholas? Você manteve um monumento a sua amante, comigo, sua esposa, aqui. Francamente. - Ela murmurou, cansada, e se voltou pra penteadeira de novo. 

Por que a gente não termina de uma vez?
Não há mais nada pra dizer
Estou de olhos fechados
Rezando pra que eles não espiem ♫

Nicholas: Ótima maneira de expressar sua inocência! - Ironizou - Eu estive perto de cometer uma loucura, você tem noção disso? - Perguntou - Tem noção do quanto eu estive perto de tirar esse vestido de você a força, na frente de todos?

Selena: O vestido, é claro. - Ela balançou a cabeça negativamente. - Pois bem. - Virou as mãos pra trás, puxando o zíper do vestido com tudo. O vestido se afrouxou e ela o tirou, ficando apenas de roupa de baixo. - Está aqui, o seu maldito vestido! - Disse em voz alta, antes de jogar o vestido em Nicholas. Ele se desviou, e o vestido bateu com tudo na parede, caindo no chão. - Vamos lá, Nicholas! Bate em mim! - Pediu, com um sorriso sem expressão nascendo no rosto - Eu desobedeci você! Eu dei ordens pra que fossem lá em cima, eu sei o vestido! Me bate! Não é isso que você quer fazer?

Nós não sentimos mais atração pelo outro
E hoje em dia é isso que importa
Eu quero que você desapareça ♫

Nicholas: Sabe que não é verdade. - Murmurou, olhando-a - Sabe que eu não o faria.

Selena: Não faria? - Perguntou, incrédula - VOCÊ JÁ FEZ! - Gritou, exasperada - Quem faz uma vez, faz sempre. Eu estou esperando. - Ela ergueu o rosto - Ou melhor, - Ela o encarou - Me diga o que quer fazer. Você já me disse uma vez que eu lhe devo obediência. Diga o que está fazendo, meu marido, e eu vou te obedecer. - Ofereceu, irônica.

Nicholas: EU TÔ TENTANDO PEDIR DESCULPAS! - Rugiu, cansado. Selena hesitou. Nicholas se desculpando? - EU PERDI O CONTROLE! - Assumiu - Não foi, - Ele suspirou - Não foi por querer. Perdoe-me. - Pediu em voz baixa, olhando ela.

Eles se encararam por uns segundos. Aquilo era novo. Ele estava ali, se desculpando perante a ela. É, Selena não sabia o que dizer. 

Você diz que estamos destinados a falhar
Bem, eu fico entediado facilmente
Tudo bem? ♫

Selena: Não foi culpa minha. E-eu fui lá em cima, eu fui porque não tinha onde deixar as coisas mofadas. Não foi intencional. Eu não esperei você sair pra ir lá. Você não foi justo comigo. - Acusou, amargurada. - Eu não merecia aquilo. - Ela sentia um peso imenso saindo de suas costas ao dizer isso em voz alta. A medida que as palavras iam saindo, ela sentia seu olhar se inundar, mais e mais - Eu não pedi pra me casar com você. Eu não matei ela. - Disse, por ultimo, com a voz embargada.

Nicholas observou Selena ali, de roupa de baixo, com o cabelo elegantemente penteado, e os olhos cheios d'agua, a ponto de transbordar, e descobriu que lhe machucava vê-la assim. Ele avançou até ela instintivamente. Queria protege-la. Queria poder ama-la.

Risque meu nome da sua lista
Faça deste o nosso último beijo
Eu vou embora ♫

Nicholas: É claro que você não matou. - Tranquilizou em voz baixa, acariciando a maçã do rosto dela. Os dois se encararam por um momento. Haviam sentimentos ali. Raiva, ódio, ressentimento, arrependimento, dor. Mas havia outro. Amor, talvez. Nenhum dos dois sabia nomeá-lo. Nicholas, por necessidade, encostou os lábios nos dela, afrouxando a mão. Pela primeira vez ele estava dando a ela a chance de rejeitá-lo. Mas ela não o fez. Se atirou a aquele beijo como se precisasse dele pra sobreviver, enquanto abraçava ele pelo pescoço. 

Selena acordou no dia seguinte. Estava cansada, porém, realizada. Em sua memória, haviam flashes da noite anterior. Ela foi pra cama com Nicholas. "Impossível", pensou, ainda de olhos fechados. Mas era tudo tão nítido. Nítido demais pra ser um sonho. Ainda podia sentir a boca dele, sedenta, sobre a sua. Os toques, tudo. Ela abriu os olhos, lentamente. Seu susto foi total. Ela estava... nua? Pior que isso, estava deitada sobre um peito. Ela ergueu o rosto, com a sobrancelha franzida, e o dono do peito ressonava ao seu lado. Nicholas dormia tranquilamente. Selena ergueu o rosto devagar, para não acorda-lo, e mechas do seu cabelo caíram por seu rosto. A coroa que usava jazia longe, caída no chão. Ela olhou pra ele, que continuava a dormir. Havia... Deus do Céu, havia uma mordida no ombro dele! Selena arregalou o par de olhos azuis que possuía. Uma mordida, de um vermelho claro, lá estava. Ela ergueu a mão e tocou levemente a marca que sua boca deixou nele, perplexa. Se lembrava de ter mordido, mas não com tanta força. E ele não se queixou, como ela ia saber? Estava tão... tão... distraída, pra ser irônica. Ela olhou pro quarto, que tinha uma luz agradável. Ainda podia ouvir os gemidos, até mesmo os gritos dos dois. Seu olhar pousou em seu ombro. A marca evidente de um belo chupão habitava ali. Ela tocou a marca, examinando-a, quando uma voz lhe chamou.

Nicholas: Desculpa se te marquei. - Pediu, olhando-a, sonolento. Selena se sobressaltou.

Selena: Eu não me importo. - Disse, sem querer assumir que se afeiçoara a marca, tão perfeitamente desenhada. - M-minhas roupas? - Perguntou, apontando pro cobertor branco que tapava os dois.

Nicholas: Ali. - Disse, sorrindo, antes de apontar pra um trapo no chão. Ele havia rasgado a roupa de baixo dela.

Selena: Ah. - Ela examinou o bolo no chão com o olhar por um instante. Deu a roupa como perdida. As mãos dele haviam detonado tudo. Se despertou disso quando as mesmas mãos lhe acariciaram o ombro, sutilmente. - O que você está fazendo?

Nicholas: Estou atendendo o seu pedido. - Selena procurou por sua memória. Não se lembrava de ter pedido nada. - Você me pediu, a meses atrás, pra tentarmos. - Selena encarou-o, lembrando-se. - Eu quero tentar.

Ela o encarou por um minuto. Aquele era o seu Nicholas. Ficaria bonito pra cara dela, dizer que sim, facilitar as coisas, depois o demônio voltar, e tudo ficar perdido.

Selena: E se eu não quiser mais tentar?

Nicholas: Bom, então continuaremos nesse chove-não-molha. - Admitiu, erguendo as sobrancelhas.

Selena: Certo, então. - Ela olhou pra frente, pensando - E, segundo os seus planos, o que eu devo fazer agora?

Nicholas: Hum... - Ele fingiu estar pensativo, enquanto esfregava o olho - Você deve me dar um beijo de bom-dia. - Respondeu, rouquinho de sono, olhando ela, com um sorriso de canto no rosto.

Selena fez uma careta. Nicholas riu, e após tocar o rosto dela com a mão, a beijou docemente. E ali estavam os dois. Havia carinho, paixão, perdão, talvez até amor neles. Os minutos se passaram, e aquele beijo não acabava nunca. Só fazia se intensificar. A respiração de Selena já estava pesada enquanto ele prendia ela entre os braços fortes, encostando-a no travesseiro, e deitando-se em cima dela. Ela o abraçou pela cintura, sentindo o peso do corpo dele sobre o seu, e excitando-se com aquilo. Estava prestes a enlaçar a cintura dele com as pernas, quando bateram na porta.

Selena: Não acredito. - Murmurou, antes de suspirar, irritada.

Nicholas: Que inferno. - Resmungou, erguendo a cabeça pra porta - QUEM É? - Perguntou, e quem quer que estivesse do outro lado da porta, estava em maus lençóis.

Rosa: Rosa. - Anunciou-se, e parecia tímida - O Senhor Joseph me pediu pra apressa-lo, disse que o senhor está atrasando os dois.

Nicholas: Diga a Joseph que eu mandei ele ir pro diabo que o carregue. - Pediu, antes de abaixar a cabeça pra Selena, sorrindo. Selena riu, e ele a beijou de novo. Foi ai que interromperam, outra vez.

Joseph: Não vou, não. - Ele deu um murro na porta - Tem 10 minutos, do contrário, eu arrombo a porta e te tiro a força. - Avisou, e N&S ouviram o som das botas de Joseph se afastando no corredor.

Nicholas desabou em cima de Selena, que acariciou as costas dele. Ele não queria ir, porém, Joseph cumpria uma promessa quando fazia uma.


Selena: Você precisa ir. - Avisou, um minuto depois, ainda acariciando-o. Nicholas balançou a cabeça negativamente - Precisa sim! - Ele negou de novo, ela riu. - Eu estarei esperando que volte. - Ele não negou, mas não se mexeu. - Vá! - Disse rindo, e empurrou ele pelo ombro. Ele selou os lábios com os dela uma ultima vez, e se sentou, pegando o roupão, vestindo-se e rumando pro banheiro, amaldiçoando Joseph da raiz do cabelo até o dedo do pé. Ele foi pro seu banho, e Selena ficou na cama, enrolada no lençol, com sua cabeça afogada em pensamentos.

Selena passou meia hora deitada. Viu Nicholas sair do banho, se arrumar, desejar um bom dia pra ela e sair. É, ele estava tentando. Se levantou, se arrumou e foi tomar café. Antigamente, ela estaria irradiando felicidade. Hoje, estava atordoada. Tomou seu café pensativa. Foi quando Demetria entrou.

Selena: O que há? - Perguntou, parando com a torrada na frente da boca, ao ver a irmã se sentar com dificuldade do outro lado da mesa.

Demetria: Um desconforto. - Se queixou, suspirando

Théo: O bebê vai nascer. - Comentou, distraído.


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Creditos: Samilla Dias



So Amanha agora. ;)

Original Sin - 24 Caitulo

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Musica da Cena: Como Voy a Odiarte - Sin Bandera

Chegaram ao baile normalmente. Alguns fotógrafos de jornais estavam lá, deixando nuvens de fumaça a cada foto que tiravam. Os Jonas entraram normalmente. Era um lugar com o teto alto, bem iluminado. Havia um enorme salão no meio, livre, e em volta várias mesas. Nicholas, Joseph e Gregg cumprimentaram várias pessoas. Selena se envaideceu por os amigos de Nicholas o elogiarem pela bela mulher que tinha. Ela apenas sorria, e fazia uma cortesia com a cabeça, agradecendo. Nicholas não parecia gostar nada disso.

Nicholas: Quer parar de se exibir? - Murmurou pra ela quando chegaram a uma mesa que tinha o nome deles em um cartãozinho

Selena: Não estou me exibindo, amor. - Respondeu, lhe dando um sorriso estonteante em resposta.

Guardas o que fica lentamente
Nos olhamos frente a frente
Fixamente e sem falar ♫

Nicholas rosnou baixo, enquanto puxava uma cadeira pra ela se sentar. Seria uma longa noite. Logo um garçom veio, atende-los. Demetria e Suri ficaram com um copo de água, Nicholas, Joseph, Gregg com champagne. Selena ficou com o champagne e um cigarro. Logo Nicholas, Joseph e Gregg se espalharam pelo salão, conversando com conhecidos.

Suri: Isso fede. - Se queixou do cigarro que Selena tinha delicadamente entre os dedos, minutos depois dos homens se afastarem. Selena sorriu.

Demetria: Você nunca fumou, qual o problema agora? - Perguntou, observando a irmã. Selena não respondeu. - Eu preciso ir ao toallete. - Concluiu, com a expressão confusa. Selena riu. Demetria, depois de uma certa etapa da gestação, passou a ir ao banheiro com muito mais freqüência que antes.

Selena: Vamos, eu acompanho você. - Sorriu gentilmente se levantando.

Faço as perguntas de rotina
Outro amor que avizinha
E nosso amor por terminar ♫

Selena, Demetria e Suri atravessaram o salão, em direção ao que lhe informaram ser o banheiro. Ao sairem de lá, se bateram com umas amigas de Demetria e Selena.

Demetria: Angel! - Chamou, sorridente

Angel: Ora, Demi! - Sorriu ao chamado da amiga - Karla, vem aqui!

Angel era magrinha e loura. Já Karla era mais cheia que Demetria, e tinha os cabelos negros. Ambas se aproximaram, sorrindo. Logo Demetria trançou as duas em uma conversa animada.

Karla: Não vai nos apresentar a sua amiga, Demi? - Perguntou, timida, vendo Selena de perfil, abaixada ajudando Suri com o vestido

Selena: Quem? Eu? - Se virou e sorriu, deliciada.

Angel e Karla: Selena! - Chamaram, boquiabertas

Do outro lado do salão, Nicholas, Joseph e Gregg conversavam com um grupo de homens, civilizadamente. Alguns casais rodopiavam elegantemente pelo salão.

Dérick: Pelo visto, a sua Demetria logo lhe dará um herdeiro. - Joseph assentiu, feliz - Meus parabéns!

Joseph: Obrigado. - Agradeceu, orgulhoso.

Eddy: Há tempos eu não vejo um baile tão bonito. Vejam, um exemplo, aquela loura ali, conversando com a sua Karla, Jack! - Jack aguçou a visão pra olhar - A de preto. - Nicholas ergueu a sobrancelha, virando o rosto levemente. Jack assentiu - Há anos eu não vejo uma tão formosa. - Elogiou.

Nicholas: Minha esposa. - Observou, sorrindo debochado.

Dérick: Aquela é Selena? - Perguntou, abismado.

Pergunto se fui eu ou a distância
Se são os tempos que mudam
E se pode ser melhor ♫

Me disse que não existem os culpados
E que nunca vai odiar-te, por favor ♫

Karla: E essa é? - Perguntou, olhando Suri

Selena: Minha cunhada. Suri, Karla. - Suri cumprimentou Karla educadamente. Selena sorriu com isso.

Angel: Seu marido te olha de um jeito estranho. - Disse, olhando Nicholas disfarçadamente - É tão...possessivo. Me dá arrepios. - Concluiu. Selena sorriu, inclinando a cabeça pra trás e soltando uma pequena nuvem de fumaça pela boca.



Como vou a odiar-te, mulher?
Nem te atrevas a dizer-lo.
Se você me ensinou a poder,
Um amor em meu destino ♫

Jack: Com todo o respeito, você ganhou na loteria, amigo. (Não me pergunte se existia loteria naquele tempo UU') - Observou, olhando Selena

Eddy: É verdade. Muito bela, a sua Selena. - Disse, agora com muito mais respeito

Gregg: Ela é única. - Observou o vulto preto do outro lado do salão

Nicholas olhou Gregg, depois voltou a olhar Selena. Que diabo, porque ela colocara aquele vestido? Ele lhe dera tantos. Provocação, pura e deslavada. Mas estava linda. Enquanto ele a observava, Selena virou o rosto delicadamente, e o encarou por um instante. Depois, com um sorriso no canto do rosto, se voltou as amigas.

Nicholas: Com licença. - Pediu educadamente e saiu, atrás da mulher.

Se você me ensinou a querer
Como velho, como menino
Como vou a odiar-te, mulher?
Isso não posso fazer ♫

Karla: Me daria medo, se fosse meu marido. Jack é completamente diferente, ele nunca me olhou desse jeito. - Garantiu. Selena deu de ombros, indiferente.

Demetria: Selly, ele está vindo. - Avisou quando viu Nicholas sair do grupo de amigos onde estava e encaminhar-se, despreocupadamente até elas.

Angel: Como você consegue ser tão indiferente? - Perguntou, alerta pela aproximação de Nicholas

Selena: A convivência o torna rotineiro. - Disse, dando uma ultima tragada no cigarro.

Não sei que aconteceu exatamente
Só sei que de repente
Tudo começou a falhar ♫

Nicholas: Dança comigo? - Murmurou, parando-se atrás dela e estendendo a mão, com o rosto virado pro lado, observando-a.

Selena: Com o maior prazer. - Disse antes de sorrir e jogar o cigarro acabado numa lixeira próxima, dando a mão a ele - Com licença, meninas.

Nicholas enlaçou os dedos dentre os delicados dela, e levou-a até o meio do salão. Chegando lá, ela parou em sua frente. Pôs uma mão no ombro dele, e outra em sua cintura. As duas mãos dele pousaram na cintura perfeitamente definida dela.
Nicholas era um queixo mais alto que ela, por isso ela apoiou o rosto em seu ombro, enquanto começavam a embalar no ritmo da musica. (A musica é a mesma da cena. NÃO ME PERGUNTE SE SIN BANDERA JÁ EXISTIA UU')

Não faço muito mais por deter te
Faz tempo que se sente
Que não posso te parar ♫

Nicholas: Todos comentaram como você é perfeita. - Começou, um tempo depois, com a boca colada no ouvido dela - Elogiam a sua beleza. Ressaltam suas qualidades. Como se eu não soubesse.

Selena: Isso te incomoda? - Perguntou, perdida nos braços dele. "Idiota", se condenava o tempo todo, mas era ali que queria estar. Aquele lugar lhe pertencia.

Nicholas: Não gosto que cobiçem o que é meu. - Concluiu, abaixando o rosto, encostando os lábios firmemente no ombro nu dela.

Selena: Sinto desfazer o seu castelo de areia, porém, tudo que é seu é cobiçado. Sua fortuna, sua mansão, seus bens. Tudo. - Respondeu, se aninhando no abraço dele, enquanto os dois continuavam a se mover lentamente pros lados.

Nicholas: Eu não ligo pra tudo isso. Mas você não. Você eu não admito.

Pergunto se fui eu ou a distância
Se são os tempos que mudam
E se pode ser melhor ♫

Selena: O que vai fazer? - Perguntou, provocando - Pegar um alfinete, e sair furando, um por um, cada par de olhos que parar em mim?

Nicholas: Já pensei nessa possibilidade. - Aceitou a provocação - Minha vontade é tirar você daqui, agora. Te levar pra um lugar onde só eu possa te ver. Onde só eu possa te ter. - Ele passou os lábios entreabertos na pele de marfim dela, e sorriu ao ve-la se arrepiar.

Me disse que não existem os culpados
E que nunca vou a odiar te por favor ♫

Selena: Prepotente. É isso que você é. Prepotente. Porém, não aceita a concorrência. - Alfinetou

Nicholas: Não existe concorrência. - Respondeu, duro - Sim, eu sou prepotente. Mas é assim que você me ama. - Concluiu, com um sorriso satisfeito no rosto

Selena: Idiota. - Murmurou antes de dar um murro leve no peito dele, se afastando.




E como vou a odiar-te, mulher?
Se era tudo o que tenho
Se ja não posso te perder
Porque vive aqui dentro ♫

Nicholas: Não! - Ele segurou ela de novo - Sem brigas. Não me deixe. - Implorou, com um sorriso irresistível no rosto. Selena ergueu a sobrancelha, considerando a idéia, e depois voltou pros braços dele.

Selena: Calado. - Impôs. Nicholas riu, mas aceitou.

Como se te ocorre crer
Que vou deixar de amar-te
Como vou a odiar-te, mulher?
Isso não o posso fazer ♫

E foi como ela quis. Eles não se atiçaram mais durante aquela musica. Só se sentiam. Ela acariciava a nuca dele com a mão que estava em seu ombro, e se abrumava no peito do marido. Ele acariciava o rosto e o ombro dela com os lábios, delicadamente. Até que a musica acabou.

Selena: Obrigado pela dança. - Agradeceu, se soltando dele.

Nicholas: Disponha. - Respondeu no mesmo tom dela, vendo-a sorrir e se afastar.


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Creditos Samilla Dias

+ Comentarios + Capitulos = Todos Felizes

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Original Sin - 23 Caitulo

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Os dias foram se passando, torturantemente calmos. Demetria estava com um barrigão enorme. Selena e Gregg, apesar da mudança radical dela, continuavam apaixonados. Nicholas continuava abatido, e Selena não colaborava pra uma melhora.

Joseph: Um baile. - Anunciou, lendo o fino convite

Nicholas: Definitivamente não.

Joseph: Convidado por sua excelência, o governador. - Terminou, erguendo os olhos pra Nicholas - Definitivamente sim.

Demetria: Um baile? *-* - Sorriu, se abraçando ao marido

Joseph: Um baile. - Confirmou, sorrindo pra esposa, antes de lhe beijar a testa

Gregg: Quando?

Joseph: Daqui a 15 dias. - Confirmou, olhando o convite novamente

Selena: Definitivamente, estaremos lá, não é, querido? - Perguntou se debruçando nas costas da poltrona onde Nicholas estava, fazendo-o erguer o rosto pra olha-la.

Nicholas: É, estaremos. - Suspirou, vencido

Selena sorriu, pensativa, enquanto se inclinava e selava os lábios com os dele, friamente. Em seguida se afastou, ainda com a expressão longe. Foi quando se bateu com Rosa no corredor.

Selena: Rosa! - Chamou, voltando pra mulher - Preciso que faça uma coisa pra mim.

Rosa: Claro, senhora. - Assentiu

Selena: Vá ao terceiro andar. Existem dois manequins lá em cima. Há dois vestidos nesses manequins: Um vermelho e um preto. Pegue o preto, lave-o ao máximo que puder sem prejudicá-lo. Quero-o perfeito pra daqui a 15 dias. - Concluiu, com um sorriso malicioso no rosto.

Rosa: Mas, senhora, o senhor Nicholas proibiu que qualquer um fosse lá em cima. - Contestou, temerosa.

Selena: E agora a mulher dele está mandando que você vá até lá. Eu preciso daquele vestido. Ele não saberá que foi você que o fez, eu prometo. - Garantiu

Rosa: Mas... - Interrompida

Selena: É uma ordem. - Disse, dura. A mulher, atônita, assentiu e saiu, deixando Selena com um sorriso malicioso no olhar.

Os próximos 15 dias, como é de se esperar, passaram tranquilamente. Demetria estava um poço de empolgação com o baile. Como sua barriga estava enorme, ela não achou nenhum vestido que lhe agradasse. Joseph, prontamente, chamou a costureira e lhe deu ordens de que obedecesse as vontades da esposa. Demetria mandou fazer um vestido cor de champanhe, lindo. Quando Nicholas lhe perguntou o que vestiria, Selena respondeu, gentilmente, que já tinha o seu vestido. Quando a noite do baile chegou, Nicholas e Joseph se aprontaram em outro quarto, para dar privacidade as suas mulheres.

Rosa: Senhora? - Perguntou, entrando no quarto de Selena. Essa esperava, só com as roupas de baixo, e terminando de aprontar o cabelo. - Aqui está o vestido. - Disse, tirando a capa branca do vestido.

Selena se virou pra olhar. O vestido estava como novo. Era um tomara-que-caia, negro como breu. Selena foi até Rosa, pegou o vestido e cheirou levemente. Tinha cheiro dos produtos que usaram para lava-lo. Ótimo, a ultima coisa que queria no corpo era o perfume de Samatha. Rosa ajudou com o corpete, amarrando-o super apertado, como a patroa mandou, e assustada por Selena não se queixar de dor. Quando terminou, Selena estava perfeita. Sua pele pálida entrou em contraste com o vestido. Sua cintura estava definida, apertada, porém, linda. O corpo de Selena estava de dar inveja a qualquer um. Os seios fartos, quadril definido, e o rosto de anjo. Era cruel perto das outras mulheres. Selena colocou a coleira que Nicholas lhe deu no dia do casamento, por fim, ficou luxuoso. Pôs um tamanco preto, com um salto agulha enorme, e estava pronta. Rosa lhe avisou que já a esperavam na sala. Ela se demorou mais um pouco, pra irritar Nicholas. Se perfumou, conferiu o penteado, e então foi.

Nicholas: Que diabo. - Resmungou, após 15 minutos esperando Selena. Gregg estava com Suri no colo, ajeitando seu cabelo. Demetria jazia aos carinhos com Joseph, que lhe acariciava a barriga. - ROSA! - Berrou, e a mulher apareceu - Vá apressar Selena. - Rosa assentiu e ia saindo

Selena: Não é necessário, eu estou aqui. - Disse entrando na sala.

Gregg se admirou, Selena parecia uma escultura feita por anjos, e retocada por um demônio. Era angelical a cor de seus cabelos, a expressão do rosto. Os demônios se ocuparam fazendo as curvas generosas de seu corpo, e colocando a malicia dentro daquele azul no olhar dela. Nicholas olhava a mulher com os olhos arregalados, a sobrancelha franzida e a maxilar trancada. Em sua cabeça, outra cena pairava.

FLASHBACK DE NICHOLAS

Nicholas: Samatha? - Chamou, entrando no quarto da mulher, na pensão onde morava - Samatha, você está aqui?

Samatha: Porque não estaria? - Murmurou, aparecendo atrás dele, fazendo-o se arrepiar com o hálito dela em seu ouvido.

Nicholas: Isso... - Ele se recuperou - Isto é para você. - Disse, estendendo a caixa que tinha nas mãos

Samatha saltitou radiante até o presente, e abriu a caixa. O vestido negro escurecia seu interior. Nicholas viu o brilho que percorreu no olhar dela.

Samatha: D-deve ter custado uma fortuna. - Disse, envaidecida, moldando o vestido no corpo

Nicholas: Você vale por esse dinheiro. - Disse, sorrindo - Quero que o use hoje a noite. Virá ao baile comigo. - Samatha arregalou os olhos, radiante pela surpresa, e se atirou nos braços dele depois de deixar o vestido em cima da cama, beijando-o com fervor.

FIM DO FLASHBACK

Nicholas se negou ao resto da lembrança. Neste dia, Luisa brigou com Samatha no baile. Foi um escândalo. Nicholas, tomando o partido da amada, pôs-se contra a mãe. Antônio, tomou o partido da mulher. Resultou num pega pra capar daqueles.

Selena: Pensei que fosse gostar, querido, guardou-o com tanto apreço. - Respondeu, fria, e com um olhar vingativo se aproximou do marido

Joseph: Er... vamos? Está na hora. - Chamou, prevendo a briga que ia nascer ali.



Selena: Vamos, meu amor. - Disse, maliciosa, dando o braço a Nicholas. Esse engoliu o que tinha pra dizer e a acompanhou. Mas se ela estava pensando que isso tinha terminado ali, ah, ela estava redondamente enganada.


Comentem Gattonas

Creditos Samilla Dias

Original Sin - 22 Caitulo

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Gregg: Pensei que não viesse mais aqui. – Sorriu, ao entrar no chalé e vê-la lá.

Selena: Eu gosto daqui. – Sorriu de canto, olhando o lugar

Gregg: Você gostava do Seth. – Observou, sentando-se perto dela. Selena não respondeu. – Tenho medo de que não goste mais de mim também. – Admitiu, encarando-a.

Selena: É diferente. – Ela sorriu, acariciando o rosto dele – Eu ainda gosto do Seth, gosto muito, foi o melhor presente que eu já recebi. – Gregg sorriu de canto – E eu amo você. É mais que gostar. – Passou o dedo na ponta do nariz dele.

Era a primeira vez que um deles dois admitia esse amor assim, com todas as palavras. Os olhos de Gregg arderam de alivio. Selena ainda estava ali. Oculta por uma camada de gelo, mas ainda era ela. Ela se inclinou e, ainda com a mão no rosto dele, o beijou. Gregg não parecia tão frio agora. Foi como sempre: O beijo começa calmo, vai esquentando, e quanto a coisa vai fugindo de controle, os dois se afastam, aos risos.

Selena: Bobo. – Sussurrou, com a testa colada a dele.

Gregg: Me diz. – Ele começou, olhando ela – O que está te amofinando aqui dentro? – Perguntou, tocando o cabelo dela, que continuava severamente preso.

Selena: Gregg, eu sei que não devia perguntar, mas é que eu preciso saber. – Ela hesitou, e Gregg esperou, paciente. – Quem foi Samatha?

Gregg levou Selena pra caminhar perto do chalé, enquanto procurava as palavras pra explicar.

Selena: E então? - Pressionou, olhando-o

Gregg: Bom, Selly. Como você já deve saber, Samatha foi uma namorada do Nicholas, de adolescência. - Começou

Selena: Ele disse que tinha esperado por mim a vida toda. - Lembrou, irônica

Gregg: E ele esperou. Toda uma vida. Mas por uma vez, uma única vez, ele desistiu de você. - Explicou - Nós andávamos em festas, bailes. Quando se é um Jonas as portas se abrem pra você. Isso subiu a cabeça de Nicholas. Era um adolescente insuportável. O preferido do nosso pai, é claro. Tinha noitadas, bebia, se drogava. Em uma dessas noites conheceu Samatha.

Selena ouvia atentamente, montando a cena em sua cabeça. Nicholas jovem, mas ainda com a mesma prepotência, e Samatha, em sua feminilidade exagerada.

Gregg: Uma prostituta, Selly. - Selena cerrou a sobrancelha. Essa ela não esperava - Sim. Conheceu-a em um bordel. Nicholas se apaixonou por ela. Era toda risos e cortesias. O problema é que havia você. Ele era seu, por anos. - Selena assentiu - Essa mansão virou um pandemônio. Pela primeira vez Nicholas se virou contra o nosso pai. Fazia Joseph de pombo-correio. Deu certo, até que Joseph se rebelou e se negou a ir. Mais brigas, mais discursões, e o nosso pai proibiu Nicholas de ver ela. Então, ele resolveu fugir. - Disse, relembrando - Pegou pouca roupa, o dinheiro que tinha, e foi embora. Levou-a. Só que a mãe dele descobriu no dia, papai não estava aqui. Luisa ficou descontrolada. Pegou um cavalo e seguiu o rastro dele sozinha. Encontrou-o aos arredores de Port Angeles. Bom, dessa parte eu não sei direito, eu não estava lá. Eu e Joseph fomos atrás dela assim que mandamos avisar ao nosso pai, mas era tarde, e ela havia sumido.

Selena hesitou. Ela vira no jornal, foi justamente em Port Angeles que estava noticiado a morte de Luisa e Samatha.


Gregg: Quando eu e Joseph os encontramos, não era tecnicamente nada. Era um precipício. Luisa jazia morta na beirada do abismo. Joseph verificou. Nicholas estava desmaiado não muito longe. A carruagem onde ele e Samatha fugiram eram destroços lá embaixo.

Selena considerou a história. Nicholas fugindo com Samatha, Luisa atrás pra impedir. E de repente, só havia Nicholas. Mas...como?

Gregg: Quando Nicholas acordou, estava desnorteado. Perdera a mãe e a mulher em um unico golpe. Demorou a se recuperar. E então, perdeu tudo. Ele era feliz, Selly. Tinha alegria, havia vida em seu rosto. Depois ficou assim, mais insuportável do que já era. Ele não se lembrava de muita coisa. Só que Luisa chegou, queria que ele parasse, mas ele não o fez. E então ele apagou. Quando acordou, estava no hospital. Foram tempos difíceis, Selly. Ele se apaixonou por uma prostituta, enquanto você era dele. Papai não ia manchar seu nome desfazendo o trato pra que ele ficasse com Samatha. Eu mandei Britt pra longe, por mais que me doesse, assim que nós nos casamos. Ela é sensível, não lhe faria bem.

Selena: Obrigado por me contar. - Sorriu, abaixando a cabeça. Mesmo sendo doloroso, era melhor saber a verdade.

Gregg: Um dia, todo esse inferno vai passar, minha Selly. - Ele prometeu, abraçando ela pelo ombro - Haverão crianças correndo por essa mansão, e isso não será mais que um passado obscuro. - Selena sorriu com a ideia, e ele lhe beijou a testa.


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Creditos Samilla Dias

terça-feira, 27 de maio de 2014

Original Sin - 21 Caitulo (Dedicado a Fada Madrinha do Blog)

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Joseph: Agora escutem aqui, vocês dois. – Rosnou, raivoso, enquanto segurava Gregg, que mais uma vez tinha brigado com Nicholas. Dessa vez Joseph interferiu antes que os dois se embolassem, mas por pouco – Já chega dessa situação. Vocês se matarem não vai mudar o que já foi feito. Eu não quero ter que tomar medidas sérias em relação a isso. Vocês dois não são mais crianças. Entendidos? – Perguntou, sério, e ninguém ali teve coragem de desafiar a ira de Joseph.

Juntos, Nicholas, Joseph, Demetria, Gregg, Suri e Théo terminaram de tomar café juntos. Théo, pra resumir, estava adorando ficar na casa de Nicholas. Tinha Demetria, de quem ele gostava bastante, e era excitante assistir as brigas de Nicholas e Gregg. Após tomar café rapidamente, Gregg preparou uma bandeja pra Selena e saiu da sala.

Gregg: Buon giorno. – Disse sorrindo, ao entrar no quarto da loura.

Selena: Molto bene. – Respondeu, sorrindo abertamente pra ele.

Gregg ajudou Selena a se sentar. Logo ela tomava café ao lado dele, e as vezes até conseguia rir.

Gregg: Eu vou precisar sair, tenho que resolver uns problemas. – O sorriso de Selena se fechou – Não fique assim. – Ele acariciou o rosto dela – Antes do almoço estarei de volta. – Sorriu torto, e Selena esqueceu do que estava reclamando.

Os dias foram se passando. O empregado que Gregg mandou a Alemanha voltou, trazendo uma caixa do creme que foi buscar.

Gregg: Olha o que eu trouxe. – Disse entrando com o pote com um gel transparente.

Selena: O que é isso? – Perguntou, olhando-o da cama

Gregg: Segredo. – Ele não queria dar a Selena a idéia de que ela possivelmente fosse ficar marcada. Só faria isso em ultima instancia.

Quando Gregg abriu o pote, um cheiro forte pairou pelo ar. Lembrava menta, hortelã, Selena não sabia direito, mas ardia no nariz. Selena cerrou os olhos quando Gregg abriu o feixe traseiro da camisola, deixando suas costas nuas.

Quando a mão dele, coberta pelo gel, tocou suas costas, ela esperou pela dor, mas ao invés disso o que veio foi alivio. Ela abriu os olhos devagar, ainda sentindo. A mão de Gregg era fria sobre sua pele, mas o próprio creme amortecia a dor.

Gregg: E então? – Perguntou olhando ela, ansioso – Dói?

Selena: Não. – Disse, sentindo o alivio que vinha das mãos dele – É bom. – Gregg sorriu.

Gregg: Ficará boa em breve, minha Selly. E voltará a correr feliz no seu cavalo, do jeito que eu gosto de te ver. – Selena sorriu, fechando os olhos.

O tempo continuou passando. Selena foi melhorando relativamente. Suas costas já estavam praticamente cicatrizadas. Só haviam umas marquinhas leves, que ao passar do tempo foram sumindo, graças ao empenho de Gregg. Nicholas passava as noites velando seu sono, sem que ela soubesse. O médico voltou a visita-la, e recomendou que ela passasse um pouco do tempo deitada com a barriga pra cima, pra não prejudicar a pele, abafando-a todo o tempo. Era assim que Selena estava agora. A chuva, o vento e os trovões dançavam lá fora. Ela estava deitada de barriga pra cima, com os cabelos esparramados pelo travesseiro, e os braços ao lado do corpo. O quarto estava escuro, Gregg já havia ido dormir. Selena estava pensando sobre Nicholas, sobre o que fizera com ela, sobre Samatha, sobre a adoração na voz dele quando chamava por ela. A injustiça era tão grande! Selena não tinha culpa, não pediu por esse casamento. E ainda, de brinde, Nicholas quase mata ela por ter descoberto o maldito terceiro andar. O ódio tomou conta dela. E então uma dor diferente tomou ela. Era uma dor que cobria todo o seu corpo, desde as raízes do cabelo até os dedos dos pés. Uma dor semelhante a de um hematoma sendo pressionado. Selena ofegou, franzindo a sobrancelha.

Ainda de olhos fechados, flexionou a mão, mas descobriu que doía mais ainda. Passaram-se horas assim. Selena pensou que finalmente a morte tinha vindo lhe buscar, e teve ainda mais ódio. Que motivo idiota pra se morrer! Mas então, quando o dia foi amanhecendo, a dor foi passando, aos poucos. Selena abriu os olhos. Tudo parecia bem mais definido, agora que ela já tinha sua cabeça resolvida. Odiava Nicholas. Ele iria pagar. O céu começava a se clarear, e ela se levantou. De onde arrumou forças, nem ela mesma sabia. Caminhou até o espelho. Se admirou de como estava. Antes teria se espantado, mas hoje se admirou. Seus cabelos não tinham mais um cacho. Eram apenas lisos, sem nenhuma volta, caindo pelas costas. Sua pele não tinha vida, era branca como a de um morto. Branca, como a de Nicholas. Seus olhos eram de um azul frio, e era como se tivesse raspas de gelo por dentro. Porém, estava linda, pensou amargurada, consigo mesma.

Joseph: Eu quero tomar café em paz. – Disse tentando acalmar a briga, mas a faca que estava em sua mão estava segurada em modo de ataque, como se ele fosse esfaquear alguém.

Selena: Bom dia. – Sorriu, fria, entrando na sala.

A primeira reação de todos foi o choque. Se não estivesse de pé, podiam considerar Selena morta, por sua cor. A segunda, foi o deleite. Ela prendera os cabelos em um coque apertado, onde nenhum fio se soltava. Usava um vestido cor de esmeralda.

Gregg: Selly, você não devia ter se levantado. – Repreendeu, ainda meio abobalhado.

Selena: Eu estou bem. – Sorriu. Sua voz também tinha mudado. Estava mais séria, mais grave – Bom dia. – Sorriu pra Nicholas, e selou os lábios com os dele, em seguida indo pro seu lugar.

O café da manhã passou normalmente. Pela primeira vez em dias, Gregg e Nicholas não brigaram mais, para satisfação de Joseph.

Nicholas: Selena? – Chamou, entrando no quarto

Selena: Sim? – Respondeu naturalmente, se virando pra ele.

Nicholas: Você... – Ele observou-a por um momento – Você precisa de alguma coisa?

Selena: Porque precisaria? – Respondeu, dura. Ele assentiu, observou ela por uns segundos e saiu. Selena achou que ele parecia abatido, mas não deu atenção. Ele não merecia.


Gregg: Selly? – Chamou, entrando na sala. Selena ergueu os olhos pra ele. – Tudo bem?

Selena: Tudo. – Gregg continuou encarando-a. Ela riu – O que foi?

Gregg: Você está estranha, pra ser resumido. – Ele avaliou ela

Selena: Não é nada, só me sinto bem. – Sorriu de canto pra ele.

Gregg: Posso ajudar em alguma coisa?

Selena: Gregg! – Repreendeu, aos risos, o olhar investigador dele – Eu estou bem. Fique tranquilo.

Os dias foram passando. Selena não voltou a montar em Seth. Não sentia vontade. Ela e Nicholas agora mantinham um relacionamento estranho, receioso da parte dele, e forçadamente agradável da parte dela. Nicholas sentia remorso cada vez que olhava pra ela. Que diabo, o que havia feito com a Selena alegre e inocente?

Nicholas: Selena? – Perguntou, mais uma vez entrando no quarto dos dois, onde ela terminava de prender os cabelos.

Selena: Sim? – Perguntou, indiferente

Nicholas: Isso é seu. – Ele disse, e Selena viu a grande caixa nas mãos dele

Selena: Acha realmente que presentes vão resolver? – Perguntou, dura.

Nicholas: Não é um presente. Se fosse, eu diria “isso é para você”. Mas isso é seu. – Ele pôs a caixa branca em cima da cama, saindo.

Selena observou Nicholas sair com o olhar frio. Depois, a curiosidade lhe venceu. Se levantou e foi, sem emoção alguma, até a caixa. Tirou a tampa, pondo-a de lado, desdobrou o papel. Seu choque foi tão grande que suas mãos tremeram. Ela conhecia aquelas rendas. Puxou o vestido de dentro da caixa, e lá estava ele. Seu vestido de noiva. Intacto, como se nunca tivesse sido rasgado. Ela olhou, e a costura estava perfeita. As rendas pareciam nunca ter sido tocadas. Selena estremeceu. Sentia vontade, mas não chorou. Seus novos olhos se recusaram a lacrimejar. Ela ergueu o rosto, respirou fundo, colocou o vestido com todo o cuidado dentro da caixa novamente e o guardou.


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Creditos Samilla Dias


To horrores de feliz  pela carinha nova que meu blog ganhou, graças a fada madrinha do blog MANDY. Quero te agradecer muito pelo meu novo blog, amei, adorei, gostei muito. Obrigado.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Original Sin - 19 Caitulo

| | 3 comentários:



Mais dias foram passando. Mesmo com Gregg de volta, a vida de Selena era meio tediosa. Ela matava o tempo no chalé, andando com Seth, ensinando Suri, mas não era o suficiente.

Gregg: Qual o seu problema? - Perguntou ao ve-la rodando pela sala

Selena: Nada. - Disse, sem dar atenção

Gregg: Nada, Selena Gomez? - Perguntou, desconfiado

Selena: É, nada, Gregg Jonas . - Gregg riu

Gregg: Sulkin  .

Selena: Perdão? - Franziu a sombrancelha

Gregg: Gregg Jonas Sulkin  . - Selena ergueu a sobrancelha - Joseph Adan Jonas. Só Nicholas e Suri são Jerry Jonas . - Explicou simplesmente.

Selena: Ok, entendi. - Ela assentiu - Tédio!  - Ela se sentou, torcendo as mãos

Gregg: Tem algo que eu possa fazer pra ajudar? - Perguntou, observando-a

Selena: Na verdade, tem. - Gregg esperou - Eu não posso sair da fazenda, você sabe. - Gregg ia protestar, mas ela não deixou - Não vamos criar problemas. Gregg, vá a minha casa. Eu não trouxe nada meu pra cá, você podia pegar algumas coisas pra mim. - Pediu, com os olhinhos brilhando

Gregg: Eu vou. - Disse, sorrindo da expectativa dela

Selena: Sério? - Gregg assentiu - Eu vou fazer uma listinha, você vai procurar pela Helena. Ela vai saber o que é. Diga a ela que sinto saudades. - Sorriu - Obrigada! - Ela se atirou no pescoço dele, em um abraço de agradecimento.

Selena estava deslumbrada. Gregg realmente era um anjo, enviado pra clarear a escuridão em que ela vivia. Selena deu uma lista breve a Gregg, e ele partiu a cavalo. Ao chegar na mansão dos Gomez, procurou por Rosa. A mulher o atendeu, feliz da vida por finalmente ter noticias de Selena. Colocou as coisas que Selena pedira em um pacote enorme, que Gregg prendeu em Jake pra poder voltar. Selena esperava ansiosa em casa.

Gregg: Tem chumbo aqui dentro? - Perguntou entrando na sala, trazendo o enorme pacote nas mãos

Selena: Gregg! - Deu um gritinho de alegria, indo ajuda-lo

Os dois colocaram o pacote em cima do sofá, e ela o abraçou. O negócio foi tão intenso, que os dois avançaram pra um beijo. Os lábios estavam quase se tocando, quando os dois afastaram os rostos, com duas caretas. Quase.

Selena: Não. - Balançou a cabeça negativamente

Gregg: Definitivamente não. - Assentiu, sorrindo. Ele deu um beijo na testa dela, que voltou ao seu pacote, radiante.

O pacote continha livros, bordados inacabados, vestidos que Selena gostava, entre outras coisas. Ela desarrumou suas coisas, feliz da vida. Gregg fora trabalhar. Estava lendo um livro na sala, no fim da tarde, quando Gregg, Nicholas e Joseph entraram em casa, discutindo alto. Pela primeira vez Gregg parecia fazer juz aos irmãos. Estava alterado, e descutia o assunto com a maior agilidade.

Nicholas: ...Um incompetente! - Rosnou - Agora em quem a responsabilidade cai? - Perguntou metaforicamente, enquanto avançava pela sala.

Gregg: O prejuízo é muito grande. - Observou, a irritação em sua voz era evidente - Sem contar nos problemas que isso vai dar.

Joseph: De um modo ou de outro, os fornecedores estão esperando, cada um em seu ponto. Se extraviou uma remessa, porém, é preciso repor.

Gregg: REPOR? - Gritou, aparentemente tirando as palavras da boca de Nicholas - Não há tempo!... - E o som da voz de Gregg foi abafada pela porta do escritório que foi fechada.

É, tínhamos um problema.

Demetria: Selly, o que foi isso? - Perguntou descendo as escadas. Selena deu de ombros.


Demetria e Selena se encararam por um instante, depois ambas avançaram, silenciosa e rapidamente até a porta do escritório, encostando o ouvido na madeira.

Gregg: Quais os portos? - Perguntou, impaciente

Joseph: Madrid, Mônaco e Roma. - Respondeu, consultando os papéis

Gregg: Cada um vai pra um ponto, acalmar as coisas enquanto não conseguimos mandar outra remessa. Considerariam um desaforo se alguém fosse, além de nós. - Joseph assentiu - Então, fica assim: Eu vou a Madrid, você a Mônaco, Nicholas a Roma.

Mas Nicholas não estava prestando atenção. Estava olhando, com uma sobrancelha levantada e uma expressão divertida pra porta onde Selena e Demetria ouviam. Ele avançou pra porta. Pouco antes de abri-la, Demetria puxou Selena, que voltou as pressas pro sofá, e fingiu estar terminando de descer as escadas. Nicholas encarou Selena, que sorria, vitoriosa.

Então era isso. Três cargas a serem entregues se extraviaram. (Os Jonas exportam papel e café.) Ambos os três viajaram no dia seguinte, as pressas, pra tentar manter a ordem. Demetria foi pra casa do pai com Théo, mas Selena ficou pra cuidar de Suri, que estava gripada. Agora Suri dormia, e Selena estava guardando os vestidos que Gregg trouxera, quando puxou um que tinha um livro dentro, ambos embolorados. Deixou esses separados. Quando terminou, ficou pensando onde jogar aquilo. A primeira coisa que veio em sua cabeça foi o sótão. Era pra lá que iam as coisas empoeiradas, emboloradas. Considerou a idéia. Ela iria rápido, deixaria a caixa com o vestido e o livro lá, e voltaria. Nicholas nem notaria. Ela pegou a caixa entre as mãos, e avançou pela primeira vez pela escada pro terceiro andar.

Estava tudo escuro. Só havia a luz do dia, que entrava pelas frestas das janelas fechadas. Mas Selena não estava preocupada com isso. Conseguia ver muito bem. E a primeira coisa que viu foi o quadro de uma mulher, de tamanho real, vestida em um vestido vermelho . Do lado desse quadro havia outro, só de busto. Selena esperara tudo, menos isso. Ela largou a caixa no chão e avançou pelo cômodo. Parou em frente ao quadro de corpo todo. A mulher era clara, os cabelos eram cacheados, de um castanho médio, caindo até a coluna. Seus olhos eram pretos. Tinha um sorriso de Lindo. Era linda, Selena pensou sozinha. Ao seu lado, o rosto da mulher encarava ela, com um sorriso no olhar.

Selena: Deus do Céu. - Murmurou, avançando pelo enorme cômodo. As paredes eram cobertas de fotos da mulher. Havia um manequim num canto, com um vestido vermelho vivo.

Selena foi até uma das diversas prateleiras que havia ali, se sentindo dentro de uma ópera de terror. Haviam arquivos e mais arquivos. Ela puxou um, delicadamente. Era uma carta, antiga. Ela desdobrou com cuidado. Reconheceu a letra de Nicholas no papel desgastado.


Samatha,

Minha mãe tem criado problemas. Aliás, aqui tem sido problemas de manhã até a noite. Hoje a noiva de Gregg veio até aqui. Eles só vão se casar daqui a dois anos, porém, Gregg insistiu em vê-la, queria conhecer. Sinto sua falta. Penso em você a todo momento. Vou dar um jeito de escapar, e irei até você.
Eu te Amo.

Nicholas.

Selena olhava a carta como se aquilo lhe causasse nojo. Dobrou-a de novo, com menos cuidado do que quando desdobrou, e pôs no lugar. Pegou outra. Dessa vez a caligrafia era feminina.

Nicholas,

Está cada vez mais dificil escrever a você! Joseph é um inutil, está começando a criar caso. Ele é a favor da Selena. Você precisa resolver isso, rápido. Eu estou cansada de ficar escondida. I miss U.
Da sempre sua,

Samatha.

Selena ficou com aquilo na cabeça durante todo o dia. Cuidou de Suri com a cabeça distante. A noite, estranhou aquela cama enorme. Nunca dormira ali sem Nicholas ressonando ao seu lado. Tampouco dormiu muito. Passou a maior parte da noite olhando a chuva bater na janela. De manhã, acordou com os gritinhos de Suri, vindos do lado de fora. Se levantou de supetão, indo até a janela. Suri corria atrás de Seth pelo jardim da mansão.

Selena: SURI! - A menina não ouviu - Vai piorar. - Murmurou pra si mesma, pegando o hobbie.

Selena estava com uma camisola de seda longa, branca, e o hobbie era igual. Sabia que era errado sair assim, mas Suri ia piorar se continuasse no frio.

Selena: Ei, ei, ei! - Segurou a menina, que ia em disparada atrás do cavalo, que galopava na sua frente

Suri: Mas, Selly... - Começou a questionar

Selena: Sem "mas". Você tá doente, devia estar no seu quarto. Vai piorar, Suri. - Suri mordeu o lábio, como se pedisse desculpas. As duas começaram a caminhar até onde Seth tava.

Selena: Suri, você conheceu alguém chamado Samatha? - Perguntou, tentando passar despercebida

Suri: Conhecer não, mas esse nome me é familiar. - Ela tentou se lembrar, sem sucesso - Você conhece?

Selena: Eu não, mas o Nicholas parece conhecer. - Disse, amargurada - Eu fui levar um vestido mofado pro sótão, e tem... tem uma foto dela lá. - Resumiu

Mas antes que Suri pudesse responder, Seth relinchou, ficando em pé nas duas patas traseiras. Do nada, uma voz surgiu, fria e cortante.

Nicholas: Então você resolveu me desobedecer. - Disse, aparecendo na lateral de Selena e Suri. Selena empalideceu. Que diabo, ele não tava viajando?

Selena: A-Nicholas. - Murmurou, recuando

Nicholas: Não corra. - Advertiu, furioso.

Selena e Suri agiram juntas. As duas se viraram e dispararam correndo pra mansão. Ao chegar na escadaria, Selena pegou Suri pela cintura, erguendo-a do chão, e desatou a subir. Ao entrarem em casa, Selena olhou pra trás, e Nicholas não estava mais lá. Seu peito doia de medo, de terror. Subiu correndo com Suri, e entrou em seu quarto, fechando a porta e se escorando nela. Só o que houve foi o silêncio.

Suri: O que foi? - Perguntou, ofegando.

Nicholas: Eu disse que não adiantaria correr. - Advertiu, frio, encostado calmamente no guarda-roupas, como se estivesse lá o tempo todo.

Selena gritou de susto. Em seguida, puxou Suri e pôs pra fora do quarto.

Selena: Se tranque no seu quarto e só abra a porta pra mim. - Disse rapidamente, e fechou a porta do quarto, se virando pra Nicholas. Ele estava transformado. Respirava como um touro irritado, seus olhos eram ódio puro, e Selena sabia que não podia fugir.

Nicholas: Eu avisei a você, Selena. Faça tudo, menos ir até lá. PORQUE ME DESOBEDECEU? - Gritou, avançando pra ela, que recuou pra perto da cama

Selena: E-eu só fui levar... - Interrompida

Nicholas: ESPEROU QUE EU VIAJASSE PRA IR ATÉ LÁ! - Disse, agora próximo dela

Selena: Tudo isso era pra eu não ver a sua namorada, Nicholas? - Perguntou, se jogando a morte. - Teve um lado positivo, agora eu sei porque você me odeia.

Nicholas: Eu não matei a minha mãe. - Começou, transtornado - Eu amava a Samatha. - Ele disse, e o tom em sua voz não era de amor, chegava a ser adoração.

Selena: ENTÃO VÁ E FIQUE COM O CADAVER DELA! ME DEIXE EM PAZ! - Gritou, tomada pelo ciúme.

E então um golpe furioso lhe atingiu o rosto, e ela caiu no chão. Sentiu o gosto do sangue na boca. Mas antes que pudesse reagir, algo lhe atingiu as costas. Uma fivela, um cinto talvez. Parecia estar cortando sua pele em tiras. Ela ouvia o grunhido de Nicholas a cada golpe que recebia. Tinha experiência, gritar não adiantava nada. Então se entregou a dor, sem se queixar, apenas protegendo o rosto com os braços enquanto rezava pra o ódio de Nicholas parar. Após algum tempo, começou a rezar pra que a morte chegasse logo. As lágrimas queimavam seus olhos, até que tudo escureceu, e não houve mais nada. Em meio a sua dor, Selena pensou ter ouvido a voz furiosa de Nicholas, bem ao longe, dizer: "Você não queria, pois então, ficará aqui." E seu rosto se bateu no chão com força. Não sabia se era só o rosto, o resto de seu corpo já estava tomado pela dor, ela não podia distinguir. Perdeu a noção do tempo. Só sabia que estava deitada num chão frio, de barriga pra baixo, e que tinha dor. Dor demais. Quando conseguiu abrir os olhos, foi o retrato de Samatha, com o sorriso triunfal que viu. Ela não conseguia se levantar. Não conseguia gritar. As lágrimas desciam por seu rosto silenciosamente. Tinha sede, tinha fome, e tinha dor, acima de tudo dor. Ficou ali, imovel, olhando o rosto de Samatha, enquanto mais lágrimas queimavam seu rosto.


Comentem Gattonas.

Creditos: Samillas Dias