terça-feira, 8 de julho de 2014

Original Sin - 80 Capitulo

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 No hospital, Selena e Nicholas estavam cumplices. Nicholas insistira que queria tentar andar, que precisava tirar isso da cabeça, e Selena cedeu. Foi se postar na porta do quarto, do lado de fora, pra vigiar.

Selena: Pronto. - Murmurou, encostada na madeira do lado de fora. - Por favor, não se machuque. - Pediu de novo.

Nicholas: Eu não vou. - Tranquilizou.

Nicholas se sentou na cama, olhando as pernas. Em seguida, respirou fundo, e pôs os pés pra fora da cama. Ele fez impulso e pôs o peso contra suas pernas. Sua barriga doeu barbaramente, e ele arqueou. Esperou um momento, arfando ali, e depois se ergueu mais devagar. Doeu bastante, mas ele conseguiu se erguer. Ele sorriu. Estava se apoiando nos próprios pés, sentia o sangue correndo por suas pernas. Com algum esforço ele deu os primeiros passos. Ele entendeu porque não deixaram ele andar: a ferida da bala doía absurdamente, parecia não querer que ele ficasse de pé. Mas a ferida cicatrizaria, não é? Ele andou, devagar, até a porta.

Selena: Nicholas, pelo amor de Deus. - Rosnou - Você está bem? - Perguntou, novamente, preocupada.

Nicholas: Bu! - Sussurrou, após abrir a porta. Selena se virou, e sorriu ao ver ele de pé, os olhos dela brilhavam. Nicholas sorriu e puxou ela pela cintura, e Selena foi pra ele, com cuidado pra não encostar em sua barriga. Ela o beijou apaixonadamente, feliz.

Selena: E então, teimoso? Viu que não há nada com a sua coluna? - Perguntou, sorrindo, enquanto fechava a porta. Nicholas recuou. Nunca estivera tão feliz por poder se mover.

Nicholas: Não são as minhas pernas. – Disse, orgulhoso, e viu Selena arquear a sobrancelha – Bom, minha barriga dói quando eu fico de pé, e... – Interrompido

Selena: Volte pro demônio da cama. Agora. - Rosnou, e ele riu, mas a obedeceu. Não precisava sentir essa dor. Ele já sabia que podia faze-lo, agora era só esperar.

Uma vez sentado novamente, a dor de Nicholas passou instantaneamente. Ele suspirou, feliz. Sabia que não era impotente, tivera a prova na noite anterior. Sabia que podia andar. Sabia que amava Selena. E agora tinha esperança, esperança de que pudessem sair disso, e deixar todo o ocorrido pro passado, como apenas um tempo ruim. Dias se passaram. Logo se formaram 3 semanas desde o ocorrido. Nicholas já estava bem melhor. Até que, em uma bela manhã, recebeu alta. Foi como ver um raio de sol depois de dias na escuridão. Gregg fechou a conta do hospital, enquanto Selena ajudava o marido.

Médico: Francamente, eu espero nunca mais ter o senhor aqui. – Disse, e Selena riu.

Nicholas: Não por isso, não pretendo voltar tão cedo. – Sorriu, abraçando a mulher.

Selena: Desculpe o trabalho, doutor. Eu fiquei... descontrolada. – Ela mediu a palavra, e o médico riu.

Médico: Agora que você está indo embora, não há problema. – Brincou, e Nicholas riu – Mas, eu espero que se, um dia, eu cair na cama de um hospital, minha mulher cuide de mim com 1/3 da devoção que a senhora cuidou dele. – Admitiu, e então a enfermeira apareceu na porta, avisando de uma emergência. – Com licença. – Pediu e saiu.

Nicholas olhou Selena, apaixonado. Ela sorriu pra ele, feliz. Ele abaixou o rosto pra ela, beijando-lhe docemente os lábios. Em seguida os dois saíram de mãos dadas no hospital. Selena obrigou o cocheiro da carruagem a ir devagar, fazendo Nicholas revirar os olhos e Gregg rir. Depois de tempos de viajem, chegaram em casa. Nicholas nunca esteve tão feliz em voltar pra casa.

Demetria: É bom tê-lo de volta, Nicholas. – Disse, acanhada, mas contente.

Nicholas: É bom voltar. – Disse, sorrindo.

Selena: Vamos pro nosso quarto. – Murmurou, só pra ele, e ele sorriu.

Nicholas: Vamos. – Disse, beijando as costas da mão dela.

Selena: Nicholas, não! – Murmurou, rindo, enquanto Nicholas lhe abraçava por trás, beijando-lhe o pescoço.

Nicholas: Porque não? – Murmurou, passando o nariz pela nuca dela, vendo-a estremecer e se arrepiar – Nós estamos em casa agora. – Selena abriu a porta do quarto dos dois, e eles entraram.

Selena: Porque não pode. Ainda não. – Ela se desvencilhou dele, que encarou a esposa, exasperado.

Nicholas: Quer me enlouquecer? É isso? – Perguntou, fechando a porta atrás de si.

Selena: Não é minha intenção. – Brincou, rindo, e se afastando.

Nicholas: Pois então venha aqui. Agora. – Chamou, e o desejo na voz dele fez ela perder o rumo. Nicholas sorriu com isso e se aproximou dela, puxando-a pela cintura. Antes que ela pudesse reclamar, ele a beijou possessivamente.

Que diabo, será que não ia haver uma vez na vida ela não seria capaz de resistir a ele? Parecia que não. O beijo durou minutos, e as mãos dele eram furiosas contra o corpo dela, que suspirava, lânguida. Até que um gritinho alegre avisou que mais alguém estava no quarto. Rosalie estava sentada no berço, olhando o pai com os olhinhos brilhando. Selena se separou de Nicholas, mas antes que ele relutasse, seus olhos caíram na filha, e ele sorriu.

Nicholas: Só um minuto. – Pediu, se afastando dela, e Selena riu.

Quando Nicholas se aproximou do berço, Rosalie estirou as mãozinhas pra ele, feliz. A menina não tinha noção do que tinha acontecido. Só sabia que o pai tinha saído de casa fazia muito tempo, e ela não tinha o visto mais. Nicholas sorriu e carregou a filha, que se abraçou ao pescoço dele.

Rosalie: Papai. – Murmurou, dengosa, abraçada a ele.

Nicholas: Sou eu, meu amor. Papai voltou. – Disse, enchendo ela de beijos. A menina riu.

Rosalie tapou os olhinhos, e Nicholas riu. Selena rosnou.

Selena: Ela não parava de fazer isso, faz uma semana. – Alegou, olhando os dois.

Nicholas: Cadê o bebê? – Entrou na brincadeira – Olha ele aqui! – Disse, quando Rose tirou as mãozinhas dos olhinhos brilhantes de felicidade.

Nicholas sentou na cama, e pôs a filha em seu colo. A menina se aninhou ali, como se fosse o único lugar seguro que ela tivesse no mundo.

Nicholas: Diz pro papai o que você fez, enquanto ele não tava. – Pediu, meio que brincando. Rosalie não sabia falar direito ainda. Mas, ainda assim, ela tentava. Ele viu Selena, após sorrir, se afastar da cama, indo pro banheiro, tirando o cabelo do rosto – Ei! – Chamou, e ela se virou pra ele – Depois eu cuido de você. – Avisou, com um toque malicioso na voz, e Selena ergueu a sobrancelha.

Selena: Vá pro diabo que te carregue, Nicholas. – Rosnou, retomando seu caminho, mas sorriu ao ouvir o riso do marido. Tudo tinha voltado ao normal.

Rosalie adormeceu tempos depois, cansada de brincar com o pai. Selena obrigou Nicholas a descansar um pouco, e ele, sem ter o que fazer, o fez. Sentira tanta saudade de seu quarto, de sua cama. Teve a impressão de ter acabado de fechar os olhos, quando uma mãozinha lhe empurrou o rosto. Uma mão maior que a de Rosalie, e menor que a de Selena.

Nicholas: Você enlouqueceu? – Perguntou, sobressaltado, ao abrir os olhos e ver Suri lá, de pé, com o queixo erguido.

Suri: Ainda não. – Disse, em seguida, com um pulinho, se sentou ao lado dele, na cama. Nicholas observou a irmã com a sobrancelha franzida – Quero conversar com você, de mulher pra homem. – Impôs, calma. Nicholas riu.

Nicholas: E que grande mulher você é. – Disse, ajeitando as almofadas atrás de si e se sentando em seguida, ainda rindo.

Suri: Vai escutar? – Perguntou, erguendo a própria sobrancelha, no esboço de uma careta.

Nicholas: Tudo bem. – Ele tossiu, engolindo o riso – Diga.

Suri: Obrigado. – Respondeu, e respirou fundo. – Eu quero deixar uma coisa clara. Não é porque eu não vou com a sua cara que eu quero que você morra, ok?

Nicholas: Isso me deixa completamente confortado. – Disse, olhando-a, e prendendo o riso pela seriedade precoce com a qual ela lidava com ele.

Suri: É sério. – Ela olhou pras mãos – Sei que você também não gosta de mim, isso é normal. – Disse, pensativa – Mas faça pela Selly. Pela Rose. Faça por alguém.

Nicholas: Fazer o que? – Perguntou, já sem rir, perdendo o fio do que a menina lhe dizia.

Suri: Não morre não. – Pediu, olhando pras mãos, e Nicholas percebeu a aflição por trás da voz falsamente composta.

Nicholas entendeu a preocupação da menina. Nessa história toda, ele não pensou em Suri. Ele era o parente mais próximo que ela tinha: irmão por pai e mãe. Um velho remorso bateu no peito dele, lembrando-se dos anos em que ele a fizera ficar trancada no quarto, negando sua existência, só porque lhe lembrava Luisa. A menina não merecia aquilo. E mesmo assim estava ali, achando que ele ainda corria risco, lhe pedindo pra viver.

Nicholas: Eu... – Ele pensou – Eu não pretendia. – Disse, e vê-la ali, pequena, com a face vermelha de vergonha, olhando as mãozinhas. Pensou ter visto o olhar dela brilhar mais que o normal. Estaria chorando?

Suri: Eu... – Ela disse, e do mesmo modo que ele, clareou o pensamento – Eu fiquei preocupada. – Ela respirou fundo, ainda sem encara-lo – A Selly saiu de cavalo atrás de você, e só voltou a noite, e estava ferida, coberta de sangue. E então... então disse que tinham atirado em você. Disse que seu estado não era bom. E-eu tive medo. Não que eu morra de amor por você, mas... você é meu irmão. – Ela retrucou, com o cenho franzido, e Nicholas a observava, sem reação – Olhe, eu prometo que... – Ela pensou no que ia prometer – Eu prometo que me comporto melhor. Eu vou tentar lidar com você, é isso que os irmãos fazem, não é? – Ela coçou a franjinha de leve. – Mas, por favor, não morre não. – Repetiu, e Nicholas viu uma lagrimazinha descer pelo rosto dela.

Nicholas estava pensando no que ia responder, não esperava aquele ato, não dela. Mas era bom saber que a irmã o perdoara, que tinha afeto por ele, que se preocupara. Então, pelo impacto que recebeu na barriga, ele pensou que ela tinha lhe batido. Mas não. Estava abraçada a ele. Era o primeiro abraço que Nicholas dava a Suri. No inicio ele ficou sem reação, mas sentiu as lágrimas de preocupação da menina contra sua camisa, e fez o que seu instinto de pai, ao ver a pequena tão desolada, mandou: consolou ela. Retribuiu-lhe o abraço, pondo uma mão em suas costas e a outra em seu cabelo, beijando-lhe a testa em resposta a seu pedido: ele não ia morrer. Selena ia entrar no quarto, mas quando entreabriu minimamente a porta viu a cena: Suri abraçada a Nicholas, que parecia nina-la. Francamente, não era de se esperar. Selena sorriu, olhou a cena uma ultima vez, e saiu silenciosamente. Suri ficou ali com Nicholas por minutos a fio, quietinha, no abraço do irmão, que lhe acariciava os cabelos. Teve tanto medo de que ele morresse antes que ela pudesse abraça-lo. Então, bem meia hora depois, ela se separou dele, fungando.

Nicholas: Não vou morrer. – Disse, secando o rosto dela – Não agora. – Ele avaliou, e ela riu de leve – Ainda vamos poder tentar ser irmãos.

Suri: Obrigada. – Disse, rouquinha. – E agora eu vou sair daqui, porque eu passei tempo demais com você, tá me afetando. – Alfinetou e Nicholas riu.

Suri riu também, deu um beijinho estralado no rosto do irmão e, após pular pro chão, saiu, saltitando, do quarto. Nicholas sorriu, e balançou a cabeça negativamente, pensando em tudo. Se não fosse Selena pra mudar tudo, ele nunca teria provado do amor que a irmã demonstrara a ele agora. Ele voltou a se afundar no travesseiro, afogado em seus pensamentos. Quem diria, anos atrás, que ele podia receber um “eu te amo” da mulher, que poderia ver amor nos olhinhos da filha, e que poderia ouvir a irmã que ignorara e agredira revelar amor por ele?

-

Dias se passaram. Selena não cabia em si de tanta felicidade. Suas regras não vieram mais uma vez, ela tinha certeza de que estava grávida. Samatha estava morta. Nicholas, vivo. Rosalie, saudável, feliz. Escobar fora preso. Nada nem ninguém poderiam estragar sua felicidade. Nicholas lhe tentava noite após noite, mas ela não cedeu, mesmo com o corpo ardendo pelo contato da pele dele. Tinha medo de machuca-lo, já que não estava completamente curado.

Selena: Veja o que eu trouxe pra você. – Disse, entrando no quarto, com um pote de metal na mão. Nicholas sabia o que era: Era o creme milagroso que tinha poder de tirar qualquer cicatriz, que Gregg comprara aos montes em certa ocasião.

Nicholas: Já disse que isso não é necessário. – Disse, cansado.

Selena: Mas eu acho que é. Eu quero você, mas sem essa marca. Quero apagar isso de vez. Então, cale a boca. – Disse, convicta, e Nicholas suspirou.

Nicholas: E se não funcionar? Vai me jogar fora junto com a marca? – Brincou, vendo ela se aproximar.

Selena: Estou analisando a possibilidade. – Disse, e em seguida pôs o pote na cama – Veja. – Ela se abaixou e mostrou o braço e a mão onde o acido havia lhe queimado. Onde deveria haver uma bela cicatriz, não tinha nada. A pele estava milagrosamente em seu lugar. Mais alguns dias usando o creme, e não haveriam vestígios.

Nicholas: Coincidência. – Disse, alfinetando.

Selena: Não é! – Ela se levantou, resignada. – Olhe.

Selena pôs a perna em cima da madeira da cama, e tirou as várias camadas do vestido de cima. Nicholas ergueu a sobrancelha e riu da espontaneidade dela. Por fim, ela ficou com a perna, na altura da coxa, descoberta. Nicholas acompanhou o pensamento dela. A bota que usava ia até o tornozelo, a partir dali, deixando sua pele pálida exposta.

Selena: Vê? Não há nada. – Disse, convencida.

Nicholas: Deveria haver? – Questionou, brincando. Sabia que aquela perna era onde a cobra mais a atacara, entretanto, não havia uma marca pra contar a história. – Deixe-me ver. – Ele ergueu a mão, e tocou-lhe a pele.

Nicholas fingiu que avaliava a cor da pele, mas na verdade, a instigava. A pele de Selena era quente, macia. Ele se inclinou pra perna dela, que hesitou.

Nicholas: É, não tem nada. – Disse, remotamente.

Em seguida ele beijou-lhe a pele levemente. Selena se arrepiou ao sentir o primeiro toque da boca dele contra sua pele, e ele viu a pele dela se eriçar. Beijou-lhe, novamente, enquanto a segurava com a mão forte. Selena suspirou. Havia tanto tempo desde a ultima vez. Precisava tanto...não!

Selena: Agora me escute aqui. – Disse, puxando a perna pro chão e colocando o vestido por cima. – É bom parar. Já conversamos sobre isso. Porque você torna as coisas tão difíceis?

Nicholas: Não sou eu que estou tornando as coisas difíceis aqui. – Disse, voltando a sua posição inicial, como um menino birrento.

Selena: Cale a boca e tire a camisa. – Disse, sem dar atenção, pegando o pote novamente.

Nicholas sorriu e tirou a camisa que usava, ficando com o peito descoberto. Selena se sentou ao lado dele, e, após abrir o pote, tocou-lhe o ferimento quase cicatrizado com a mão coberta de creme. Nicholas perdeu o rumo do pensamento ao sentir a mão dela, aquilo dava uma sensação boa. Selena observava seus dedos passearem pela barriga definida do marido. Quantas vezes havia se perdido de prazer ali? Não sabia contar. Nicholas observou o olhar dela sob seu corpo, com um sorriso no rosto. O creme já havia se dissolvido, mas ela continuava a acaricia-lo, perdida em seus pensamentos. Nicholas pegou o pote da mão dela, descartou-o, e se preparou. Selena estava tão absorta em suas lembranças que não viu. Ela só sentiu a mão dele erguer-lhe o rosto, e a boca dele pressionar a sua em seguida. Selena gemeu pela surpresa, mas ela lhe retribuiu o beijo ardorosamente. Deus, queria tanto se entregar. A língua de Nicholas possuía a boca dela violentamente, fazendo-a perder a razão. Desejava tanto sucumbir, e ceder aos desejos do marido. Nicholas, sentindo a falta de resistência da esposa, deitou-a na cama, indo pra cima dela.

Selena: Amor, não. – Choramingou, aturdida. Antes que ela pudesse empurra-lo, Nicholas passou pra cima dela e abriu-lhe as pernas com a mão, deitando-se entre as pernas dela, que o acolheu, e a impedindo de fugir. Demônios, se não estivessem tão cobertos, isso ia ser radicalmente mais fácil.

Nicholas: Shiii. – Ele murmurou no pescoço dela, subindo-lhe os beijos pelo rosto – Preciso tanto me abrigar em ti, petit. – Ela gemeu pela ansiedade, entregue – Só assim vou ter certeza de que estou vivo. – Disse, perto do ouvido dela, mordendo-lhe a orelha novamente.

Selena gemeu, fora de controle. Cada célula do corpo dela gritava por ele, como se nunca tivesse sido tocada. Nicholas a segurou pela nuca e a beijou novamente, cheio de sede. A própria Selena o acolheu dentre as pernas, enlaçando-lhe a cintura. Ele segurou a coxa dela com a mão livre, apertando-a, fazendo-a suspirar. Ele foi puxando o vestido dela pra cima, tentando se livrar de toda e qualquer camada de roupa que os separasse. Selena não o impediu, sua mente estava distorcida pelo desejo. Nicholas já considerava a batalha ganha, quando batidas educadas ecoaram pelo quarto, fazendo Selena recobrar a consciência.

Demetria: Selly? – Chamou, ao não ter resposta.

Selena: Oi? – Perguntou, após se separar de Nicholas.

Demetria: A costureira está aqui. Eu pensei que você talvez quisesse encomendar alguma coisa. – Disse, detraída.

Selena: Eu quero. Rosalie precisa de roupas novas. Avise que eu já vou.

Demetria assentiu, e Nicholas tentou atacar a esposa de novo, mas deu com a cara no colchão. Selena se desvencilhou do marido, empurrando-o pro lado e se sentando rapidamente. Nicholas arregalou os olhos, incredulo.

Nicholas: Selena! – Chamou, exasperado.

Selena: O que? – Perguntou, tentando recuperar sua respiração.

Nicholas: Vai me deixar assim? – Perguntou, e Selena não precisou olha-lo pra saber que o marido estava no auge de sua excitação. Ela havia sentido isso antes de empurra-lo.

Selena: Você que começou com isso. – Nicholas rosnou, passando a mão nos olhos. Odiava quando Selena o rejeitava. Ela se levantou, e se virou pro marido – Não vê que me tortura com isso, também? – Perguntou, aflita – Acha que eu não quero me entregar a você? – Nicholas observou ela, se segurando pra não puxa-la de volta. Ter ela ali, dizendo que o desejava, não melhorava a situação – Pelo amor de Deus. Não falta muito, agora. Não nos machuque tanto, por Deus. – Pediu, e o rosto dela queimava de desejo.

Selena saiu do quarto e Nicholas suspirou, se preparando pra mais uma ducha fria.


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Creditos: Samilla Dias

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