terça-feira, 28 de outubro de 2014

XLIII - Amor Obscuro 1.3

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Acordo com a mão de Nicholas acariciando minhas costas. Sorrio, ainda de olhos fechados, aproveitando mais desses dedos maravilhosos em minha pele.
– Baby, eu sei que você está acordada. - Nicholas sussurra em meu ouvido.
Abro meus olhos, dando de cara com os seus Castanhos cintilantes e sorrio.
– Bom dia.
– Bom dia, venha... Vamos para o banho que seus pais devem estar nos esperando. - Diz ao se levantar da cama e estende a mão para mim.
Pego sua mão ao levantar da cama e assim seguimos para o banheiro. Começo a me despir lentamente logo que entramos, de frente para o espelho. Noto que as manchas em meu corpo estão menos visíveis hoje. A dor diminuiu bastante devido aos remédios que Denize me receitou. Pelo espelho vejo os olhos de Nicholas cravados em meu corpo. Seu semblante está sério, como quando me vestiu no outro dia. Viro de frente para ele e sorrio, entrando no box em seguida.
Entro embaixo da água quentinha e começo a me lavar, quando Nicholas entra no box. Instintivamente meus olhos percorrem sua nudez frontal, fazendo-me ter leves arrepios. Sorrio ao constatar que continuo sendo a mesma. Apesar do que houve, não houve grandes traumas, como da outra vez. Realmente, esse homem tem um efeito e tanto sobre mim. Ele acabou com meu trauma de me entregar a alguém e pelo visto sua mágica continua fazendo efeito em mim.
–Selly.. - A voz de Nicholas tira-me do meu transe.
– Oi.. - Digo rapidamente, tentando esconder o sorriso estúpido nos meus lábios antes que ele perceba, mas é inútil.
– Vire-se. - Diz com a testa franzida.
Faço o que ele me pede e logo sinto suas mãos em minhas costas. Arfo ao sentir a maciez de cada dedo seu contra minha pele, mas logo ele substitui as mãos pela bucha. Pelo cheio de baunilha, suponho que derramou sabonete na mesma. Coloco minhas duas mãos na parede, sentindo o atrito leve da bucha escorregando sobre meu corpo. Engulo em seco quando ele passa a bucha em minha nádegas, descendo-a entre minhas pernas. Ele circundei-a meu corpo, traçando leves círculos contra minha barriga, subindo-a para meus seios. Em seguida ele desce a bucha até próximo a minha intimidade. Solto um suspiro frustrado quando ele sobe novamente a mão, ignorando meu pedido silencioso.
– Nicholas.. - Me espanto ao ouvir tamanho desejo em minha voz.
– Selly.. não! - Ele rosna.
– Mas...
– Sem ''mas'' Selena! Já disse que não. Você ainda não está bem. - Me corta seriamente.
Viro-me de frente pra ele e abro a boca para falar algo, mas a fecho ao ver sua carranca. Emburrada, tomo a bucha de sua mão e começo a me lavar sozinha. Assim que acabo o banho, jogo a bucha longe e saio do box. Enrolo-me em uma toalha e sigo para meu closet. Visto - me rapidamente e quando saio em direção ao quarto, secando meus cabelos, tropeço em Nicholas, na saída do closet.
– Ai, que susto Nicholas! - Resmungo, ainda emburrada.
Ele aproxima mais seu rosto do meu, me olhando dentro dos olhos.
– Selly, não fique com raiva de mim, mas entenda, baby.. Você acabou de passar por um acontecimento chocante. Eu não quero que você entre em pânico, nem nada, mas devemos ser cuidadosos com isso. Você não imagina o quanto eu te quero, baby. E o quanto eu quero fazer isso com você, mas.. não é o momento. - Diz com sinceridade em suas palavras e me abraça. – Você entende, baby ? - Bufo em derrota.
– Entendo. Você está certo. Devemos esperar, mas.. - Paro e olho para seu torso nú, notando que só está coberto pela toalha presa em sua cintura. – Desse jeito fica difícil. - Volto meu olhar para o dele, depois de analisar minuciosamente a parte exposta e sorrio.
Ele se afasta, sorrindo timidamente.
– Vou me vestir antes que algo aconteça. Não confio em você quando está com esse olhar, senhorita Gomez. - Diz zombeteiro e começa a tirar umas roupas de uma bolsa, que está em cima da cômoda.
– Ok, te espero na cozinha. Vou ver se meus pais já acordaram. - Digo sorrindo e saio do quarto.
Chego à cozinha e encontro minha mãe sentada em um dos banquinhos, tomando seu café. Noto que está pensativa e com seu olhar perdido em algo. Ela está assim desde ontem, depois da história sobre o Linc. O que será que há por trás disso ? Paro do outro lado da bancada, de frente para ela e espero até que ela me note, mas nada acontece. Pigarreio, assustando-a.
– Bom dia. - A cumprimento calmamente. – Onde está o papai ?
– Recolheu as coisas do sofá cedo e foi comprar o jornal, eu acho.
Assinto de cabeça. Ela me olha cautelosamente e quando abre a boca para falar mais, meu celular toca em cima da bancada. Franzo a testa, estranhando o fato dele estar aqui na cozinha e não no meu quarto. O pego e vejo um numero desconhecido no visor.
– Alô.
– Selly, sou eu... Lincoln - Arregalo meus olhos instantaneamente. – Como você está ? - Lentamente, vejo o rosto de minha mãe mudar, ao ver minha reação.
– Oi, Lincoln. Estou bem, obrigada por perguntar... - Paro e coço a cabeça com a mão livre. – Olha, eu quero te pedir um favor ?
– Sim, diga.
– Eu quero pedir que não me ligue e nem me procure mais. Desculpa estar sendo grosseira, mas é melhor assim.
– Mas...
– Por favor, Lincoln. Só faça o que estou pedindo e respeite minha decisão, ok ? - Espero para que me responda, mas nada acontece. – Bom... É só isso, tchau. - Desligo a tempo de Nicholas entrar na cozinha.
– Bom dia, Mandy. - Ele cumprimenta minha mãe e vem em minha direção.
– Bom dia, Nicholas. - Nicholas franze a testa para o nervosismo na voz de minha mãe.
– Está tudo bem ?
– Sim.. Sim, está sim. - Ela diz mais nervosa e sorri. Estreito os olhos para ela, tendo a total certeza de que seu nervosismo é sobre a ligação de Linc. Ah, dona Mandy! Aí tem... – Selly, me empresta seu celular, pois esqueci o meu em algum lugar. Preciso ligar para Bob, para saber como ele está. Esqueci de te contar, que ele está com a perna quebrada. Fraturou quando caiu em...
– Mãe, respira. - Interrompo sua tagarelice sem tamanho. – É claro que empresto. Toma. - Estendo o celular para ela, que o pega rapidamente.
– Com licença, - Diz e sai de meu campo de visão.
– O que há com ela ? - Pergunta Nicholas ao se virar para mim, me abraçando pela cintura. Dou de ombro e beijo seus lábios castamente.
– Deve ser saudades do Bob. Então, o que planejou para hoje ?- Desconverso, tentando minha melhor tática de distração. – Conhecendo bem o senhor como eu conheço, sei que já planejou algo né ? - Sorrio. Ele inclina a cabeça para o lado, me olhando misteriosamente e abre um sorriso torto. – Fala, Nicholas.. - Insisto. Ele continua enigmático e me beija nos lábios.
Assim que se afasta, fecha a cara e enfia a mão no bolso da calça, revelando seu BlackBerry. Estreita os olhos para o visor.
– Esse eu preciso atender. - Diz sério.
– Ok, vou fazer nosso café da manhã. 

{...}
À tarde entro no quarto de Demi, onde mamãe dormiu na noite passada e estranho ao vê-la com suas malas.
– O que é isso ?
– Preciso voltar para Georgia hoje, filhinha. Bob (Atual de Mandy)  não sabe se virar por muito tempo sozinho, ainda mais agora com uma perna quebrada. - Ela para o que está fazendo e se dirige até a mim. – Tudo bem para você ? - Pergunta, acariciando meu rosto.
– Sim, mas ... Você não vai me contar onde você foi ?
– Quando ? - Ela se vira, voltando para seus afazeres com a mala.
– Mais cedo, logo depois do almoço. Desde ontem, quando contei para você aquele probleminha com Nicholas, você está estranha. - Me aproximo da cama e me sento na beirada, de frente para ela. – Mãe, me conta o que está acontecendo ? Porque dessa mudança drástica de humor ? Você, por acaso, conhece o Lincoln ?
– Não! Como poderia conhecer esse homem, Selena ?! - Diz com seu tom de voz tão sério, que me faz suspeitar mais. É claro que ela conhece o Linc, mas da onde ? – Agora eu tenho que ir. E o seu pai ?
– Está na sala com Nicholas.
– Bem... - Puxa sua mala de cima da cama e vem até a mim. – Então vamos lá. Como não gosto de despedida, darei só um beijo gostoso em você, bebê. - Sorri carinhosamente, beijando minha bochecha. – Tem certeza que está tudo bem, se eu for ? - Pergunta novamente.
– Tenho sim, mãe. Foi bom vê-la novamente e estou bem melhor depois da sua visita e a do papai. Até gostaria de ter a senhora aqui mais um pouco, mas creio que Bob esteja precisando mais da senhora agora, do que eu né. - Sorrimos e pego a mala de sua mão.
Saímos abraçadas do quarto e seguimos para a sala, encontrando Nicholas e Ricardo conversando amenamente.
– Rapazes, foi ótimo passar esses dois dias na companhia de vocês e de minha bebê. - Se vira para mim e sorri. – Mas, eu preciso voltar. Há um outro rapaz precisando de cuidados, bem longe daqui. - Nicholas olha para mim, esperando alguma reação contrária de minha parte e sorrio para convencê-lo de que estou bem.
– Ok. Vou avisar a Taylor, que a leve até o aeroporto. Stephen já a espera, conforme a senhora me pediu mais cedo. - Diz para meu espanto.
– Mãe! - Resmungo.
– Eu sei, bebê. Sei que deveria ter lhe avisado antes, mas não queria que ficasse aquele clima de despedida. - Sorri e me abraça mais um pouco. – Ai, já estou sentindo saudades de você, minha linda. Promete que vai me visitar na Georgia ? - Diz chorosa.
– Claro, mãe. Irei assim que ajeitar algumas coisas. - Digo e beijo seu rosto.
– Vou cobrar, hein. - Ri.
– Selly, também terei que voltar para casa.
– Tudo bem, pai. Só tome cuidado com a estrada.
– Não se preocupe. Irei no helicóptero de Nicholas. - Olho para Nicholas interrogativamente. Como assim? Como resposta ele sorri timidamente e se vira par meu pai.
– A propósito, Charlie Tango já o espera, senhor Gomez.
– Obrigado, mais uma vez Nicholas. - Ricardo aperta a mão de meu namorado e me abraça em seguida. – Se cuida, Selly. E qualquer coisa, não hesite em me ligar. - Lança seu olhar severo de pai para mim e beija na testa. – Foi bom te ver novamente, Mandy. - Ele diz a minha mãe e, desajeitadamente, se despede dela.
Seguimos para fora do apartamento e me despeço de meus pais, com mais uma longa rodada de abraços e beijos. Vejo o SUV com eles dentro desaparecer pela estrada e suspiro com pesar.
– Triste ? - Nicholas pergunta ao meu lado.
– Não. - Viro para ele. – Um pouco manhosa, tal vez. - Sorrio e o abraço pela cintura. Voltamos para o apartamento e me jogo no sofá. – Então...
– Baby, eu sei que tinha planejamentos para o hoje, mas houve um problema e terei que voltar para o Escala. - Diz seriamente, olhando para o visor do celular.
– O que houve ? - Pergunto preocupada, já me sentando no sofá.
– Algo com a empresa.
– Tudo bem. Pode ir, vou aproveitar..
– De jeito nenhum você vai ficar! - Sua alta voz me interrompendo, faz com que eu me assuste. – Pegue o que precisar e vamos. - Diz em modo controlador.
– Eu não preciso ir com você. Ficarei bem sozinha, não se preocupe. - Respondo cautelosamente.
Ele inclina a cabeça, me olhando com irritação, os músculos de seu maxilar tensos e com os punhos cerrados.
– Não começa, Selena. Não vou deixar você aqui nesse apartamento, com Linc rondando você. Já deixei você tomar conta da sua vida sozinha e olhe no que deu. Aliás, já disse que virá morar comigo. Então pegue o que quiser e vamos. Estarei te esperando aqui na sala. - Ordena. Permaneço sentada, em uma ato de desafio. Ele, percebendo minha intenção, senta-se no banquinho de frente pra mim e me olha friamente. – Se não quiser pegar nada, tudo bem. Não precisará mesmo, já que no Escala tem tudo o que precisa. - Diz friamente. – E se não quiser andar, tudo bem também. Posso muito bem te carregar.
– Não faria isso.
Ele estreita os olhos para mim e sorri sombriamente.
– Ah, baby. Nós dois sabemos que sim. - Bufo e, derrotada, me levanto do sofá. Começo a andar em direção o meu quarto, irritada por sua atitude, mas paro ao ouvir sua fria voz novamente. – Ah, Selena. Nesse tempo todo em que estivemos juntos, você não aprendeu nada sobre mim. Não adianta me desafiar, baby. - Cerro meus punhos, revirando os olhos e volto a andar apressadamente. – E não revire os olhos para mim. - Ouço sua voz ao longe.
Bato a porta atrás de mim, assim que entro no quarto e começo a arrumar minhas coisas. Pego uma bolsa no closet e coloco tudo o que precisarei nesse curto espaço que passarei no Escala. Nicholas está muito enganado se pensa que me mudarei assim, tão facil. Quando volto para sala com minha bolsa em mãos, o vejo do mesmo modo que deixei. Ele sorri ao me ver e se levanta.
– Boa menina. - Diz pegando a bolsa de minhas mãos.
Saímos do apartamento e seguimos em silêncio até encontrar seu carro.
– Achei que Taylor viria te buscar.
– Não. Pedi que deixasse esse carro aqui mais cedo, para que ele levasse seus pais tranquilamente. Então NOS encontrará no Escala. - Dá ênfase ao pronunciar a palavra ''nos''.
Ele coloca minha bolsa na mala do carro, enquanto entro no lado do passageiro. Logo ele se senta no lado do motorista e começa a nos guiar pelas ruas de Seattle. Cruzo meus braços junto ao peito e deito a cabeça no vidro da janela, olhando para as ruas, evitando seu olhar , quando me olha pelo retrovisor.
– Não adianta ficar com raiva de mim. - Diz depois de um longo silêncio.
– Isso é praticamente um sequestro. - Resmungo.
Pelo retrovisor, vejo ele me olhar e sorri, voltando sua atenção para a pista de novo.
– Já me acusou de assédio e agora sequestro. É.. eu realmente sou um monstro. - Diz zombeteiro. Viro de frente para ele, estreitando os olhos e com os braços cruzados ainda.
– Não queira me fazer rir, quando estou com raiva de você, senhor Jonas. - Digo com falsa repreensão e ele rir.
– Ok, senhorita Gomez. - Me olha sorridente por um momento e volta os olhos para a estrada.

{...}

– Sinta-se em casa, baby. - Nicholas diz assim que passamos pela porta de seu apartamento. – Mas agora vou para o escritório resolver esse problema. Tudo bem para você ? - Me beija nos lábios rapidamente, afastando seu rosto em seguida para esperar minha resposta.
– Sim. Não se preocupe. Aqui estarei a salvo de tudo, esqueceu ? - Brinco, mas ele parece não gostar da brincadeira.
– Nos vemos mais tarde. - Diz e segue para seu escritório.
Me vejo sozinha nessa imensa sala, que parece mais uma galeria de artes caras e modernas. Suspiro e pego minha bolsa, que Nicholas deixou em cima do sofá mais próximo, e sigo para meu antigo quarto.
Assim que entro, vejo que tudo continua a mesma coisa. Minhas fotos no lugar, a mesma cor que pintei e a cama ajeitada. Deixo a bolsa em cima da poltrona e desço para a cozinha. Vasculho a geladeira, em busca de algo para comer. Depois de uma longa procura, indecisa sobre o que comer, pego uma fruta e me sento na bancada. Nada para fazer, ninguém para conversar, já que Nicholas está enterrado no escritório resolvendo sei lá o que, Gail pelo visto deve ter ido para Portland e Taylor deve estar voltando do aeroporto.
Volto minha mente para os últimos acontecimentos, onde minha misteriosa mãe sabe da existência de Lincoln. Mas como ela conhece ele ? Essa é minha pergunta, já que ficou óbvio que ela o conhece. Será que ele é algum conhecido de Bob? Não seria estranho, já que ele tem um pequeno negócio na Georgia e Lincoln é um empresário. Mas, porque do nervoso? Saio de minhas especulações internas ao ouvir o ''ding'' do elevador. Deve ser Taylor que chegou. Levanto do banco, indo para a sala e paro ao dar de cara com uma loira platinada, muito conhecida como Elena Lincoln.
– O que você faz aqui? - Pergunto espantada por sua inesperada visita.
Ela me olha da cabeça aos pés, visivelmente assustada com minha presença, mas quando seus olhos param em meu rosto vejo seu sorriso frio se abrir.
– Ora, ora, ora.. Vejo que as coisas andam cada vez melhor para você, doce Selena. - Diz friamente, com seus olhos gélidos cravados em mim.
– Isso não é da sua conta! Ainda não me respondeu: o que faz aqui ?
– Vim fazer uma visitinha ao meu garoto, mas.. - Ela para e leva um dedo até o canto da boca, me avaliando. – Sabe que foi bom encontrar você aqui.
– Ele não é seu garoto. - Rosno. – E como você subiu ?
– Pode até ser verdade, mas vai voltar a ser.. não tenha dúvidas disso. - Vejo que ignora minha segunda pergunta.
Sinto a raiva crescer mais e mais dentro de mim a cada vez que vejo o sorriso repugnante em seus lábios.
– Nicholas me ama, aceite isso de uma vez.
– Vamos ver se vai continuar com essa tolice depois que souber de Linc.
– Ele já sabe! E como você pode ver, continuamos juntos.
Ela ri como se estivesse adorando o que está ouvido e balança a cabeça.
– Ai Selena, você é tão engraçada. Mas só ás vezes, quando não está sendo a criatura insossa e desagradável como sempre é. Mas conte-me.. como está sua mãe ? Ela pareceu tão desesperada no telefone, hoje de manhã.
– O quê ? Do que você está falando ?
– Quando atendi o celular de Linc. Ela estava tão nervosa. Mas deve ter se acalmado depois do reencontro com meu ex maridinho, não é ? Deve ter até traído o atual marido, aquela vadiazinha.
– Não fala assim da minha mãe! - Me aproximo dela, pronta para lhe dar uma bofetada, mas paro. Peraí, que conversa é essa de reencontro ?
– Ah, convenhamos queridinha. Não deve ser fácil reviver os velhos tempos sem uma boa trepada não é ? Ainda mais com as saudades de um grande e antigo amor. Poxa, são vinte e um anos de longe. Não dá pra esquecer uma amor assim, ainda mais quando desse amor se concebeu uma filha.
Meu mundo para ao ouvir as palavras sair de sua boca. Sinto um frio percorrer minha espinha.
– O quê ... - Minha voz sai menos que um sussurro sofrido. – Não pode ser.. você está mentindo...
– Pobre Selena... Só fico imaginando a reação de Nicholas quando ele souber...
Levo minhas duas mãos à cabeça, enquanto fito o sorriso de vitória em seu rosto. Sinto lágrimas de desespero nascer em meus olhos, quando minha mente volta aos últimos acontecimentos envolvendo Lincoln: Ele aparecendo em minha vida de repente, praticamente implorando para ser meu amigo; Os momentos em que passamos juntos onde ele ficava pensativo, me fitando com uma certa emoção nos olhos, até então desconhecida; Nicholas descobrindo minha relação com ele, me proibindo de vê-lo e logo depois sair na porrada com ele; Minha mãe completamente surtada depois que contei a ela sobre Linc.. Oh Deus!
Não é possível. Não pode ser verdade.. Linc não pode ser meu pai.. por favor.. não deixe que isso seja verdade. Peço mentalmente, mas é inútil, pois cada vez que penso em tudo, confirmo mais a história. E Nicholas.... Cristo! Quando ele souber, vai me odiar. Ele detesta o Lincoln e quando souber que sou sangue dele... acabou!

– O que está havendo aqui ? - A voz grave de meu grande amor, soa atrás de Elena, puxando minha atenção para ele. 


Comentários... :)

Creditos Angel 

Um comentário:

  1. EU SABIA EU SABIA QUE ELE ERA PAI DA SELLY mas se o Nicholas deixar ela eu acabo com a raça dele
    E quando eu vou poder entrar na historia e matar essa Elena com as minhas mãos??
    Posta logo
    Love u ��

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