terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

XLVIII - Amor Obscuro

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Olho para Nicholas e noto que ele se tenciona todo. Foi ele que a trouxe! Volto a olhar pra minha mãe e suspiro. Seus olhos estão enormes, dando a impressão de que está em pânico.
– Selena. - Ela diz e se aproxima de mim. – Eu sei que você está me odiando, filha. Mas... eu não aguentava mais, eu.. eu... eu... eu tinha que vir... - Sussurra fracamente.
Seu semblante entristecido me parte o coração.
– Eu vou deixar vocês conversarem a sós. - Nicholas diz e sai.
– Filha, não me odeie. - Suplica. – Você...
– Mãe. - Interrompo-a. – Eu não odeio você. Jamais te odiaria por isso e mesmo se eu quisesse, não conseguiria. Mas... - Respiro fundo. – Eu vou ser bem sincera com você. Eu estou muito chateada com você. Você poderia ter evitado muita coisa nesses últimos dias, mas preferiu fugir. Porque, mãe? Porque fugiu se você sabia que o Lincoln não ia desaparecer..
– Filha, eu.. sei lá.. Fiquei em pânico. - Ela passa a mão na testa. – Eu implorei à ele pra deixar você em paz. Ele me disse que ia pensar, que não ia revelar nada agora. Mas quando liguei e você me disse que já sabia, eu fiquei sem chão. Liguei pro Lincoln no mesmo instante e explodi com ele. Nem dei chance dele responder. Ele não tinha o direito de fazer isso! - A indignação em sua voz é enorme.
– Não foi ele quem me falou.
Seus olhos aumentam rapidamente.
– Como não? - Ela coloca a mão no peito dramaticamente. – Por quem você soube? - sussurra.
– Pela Elena! Ela não perdeu a oportunidade de esfregar isso na minha cara. - Sorrio amargamente. – Aliás, eu nem sei porque ela demorou tanto a contar. - Em choque, minha mãe leva as mãos até a boca e anda de costas lentamente, até conseguir se sentar no sofá. – Você não tem noção de quanta coisa você teria evitado, mãe. Elena quase acabou com meu relacionamento com o Nicholas.
– Como assim ? - Pergunta intrigada e percebo que falei demais.
Me sento ao seu lado no sofá e olho em seus olhos, procurando algum vestígio de confiança neles. Não posso contar pra minha mãe que Elena foi Dominante do Nicholas. Isso é uma revelação que não cabe à mim fazer.
– Mãe, lembra quando eu te falei que o Lincoln e o Nicholas não se davam muito bem? - Ela assente de cabeça. – Então, Elena aproveitou isso e veio revelar que sou a filha do Lincoln. Disse que só estou com ele como parte da vingança de Lincoln contra ele... Foi uma grande confusão, mas felizmente consegui resolver.
– Filha, me desculpa ? Eu não queria causar transtorno..
– Mas acabou causando! - Levo as duas mãos a minhas têmporas e suspiro. – Quer saber, mãe.. eu não vou mais discutir isso. Quero virar essa página da minha vida, voltar a ser o que era antes. Ter a vida de volta. Estou cansada de fazer perguntas e não ter respostas para elas, cansada de chorar, de me sentir mal...
– Se sentir mal ? Como assim ?
Olho bem nos olhos de minha mãe e respondo com toda sinceridade.
– O Lincoln me contou tudo, mãe. Me contou a história de vocês desde o início. E eu me sinto mal com essa história toda.
– Filha, não tem porque se sentir assim. - Ela tenta abrir um sorriso, mas o máximo que consegue é fazer uma careta quando as lágrimas começam a descer. – Eu sei que eu e ele não conseguimos ser felizes juntos, mas você é o fruto do nosso amor. Um amor lindo e puro. Não tem que se sentir mal.
– Meus avós me rejeitaram, mãe... - Ela explode em um choro alto e a abraço com força, para consolá-la. – Não chora, mãe. Tá tudo bem..
– Não, não está não. - Sua voz sai abafada, devido as lágrimas contínuas.
– Mas vai ficar...
Ela chora por um longo tempo e depois se afasta para olhar-me nos olhos.
– Você não é mais a mesma. Está estranha. Diferente comigo. Eu sei que sou a culpada por isso que está acontecendo com você, mas... não me odeie, filha ?
Pego seu rosto em minha mão e enxugo as lágrimas com meus polegares.
– Eu já disse que não odeio você, dona Mandy. Pare de drama. Eu só fiquei chateada com o que você fez, mas quer saber... passou. Eu não tenho o porquê te odiar, sendo que você também sofreu com essa história. Até mais do que eu! Perder o amor de nossas vidas deve ser horrível. Passar pelo o que você passou, grávida... - Minha voz falha com as presença das lágrimas.
– Shhh.. - Ela coloca um dedo na frente de meus lábios. – Não precisa falar mais nada, filha. O que importa é que estamos aqui, frente a frente e você não me odeia. - Ela ri em meio as lágrimas.
– Pelo contrário. Eu te amo, mãe! - Abraço-a novamente.
– Só não esqueça que eu só fugi porque eu não queria que você sofresse. Pra mim o Lincoln não iria mais te procurar e...
– Tudo bem, mãe. Eu já entendi. - Me afasto para olhá-la nos olhos. – Só não faça mais isso! - Ela ri. – Nunca mais! Estamos entendidas, dona Mandy ?
Ela assente de cabeça euforicamente e sorri enquanto seca as lágrimas.
– Ai bebê! Fiquei com tanto medo de te perder..
Ela me puxa para seu colo e começa a me encher de beijos na bochechas.
– Eu não sou mais um bebê! - Digo entre risos.
– Pra mim sempre vai ser e não se fala mais nisso.
– Vejo que já se acertaram. - Nicholas surge no recinto e se aproxima de nós.
– Sim e graças a você. Obrigada, Nicholas. - Minha mãe o agradece.
– Não há o que agradecer, senhora Gomez. Só queria ver vocês duas bem. - Nicholas se senta em uma poltrona próxima a nos. – E antes que eu esqueça, o seu quarto já está pronto.
– Ai menino, pra que tanta formalidade?! Pode me chamar de Mandy. Até porque eu creio que seremos da mesma família, em breve.
Me levanto de um súbito do colo de minha mãe, totalmente boquiaberta.
– Você já contou pra ela ? - Digo perplexa.
Nicholas dá de ombros e permanece calado. Um silêncio constrangedor toma conta do ambiente. Minha mãe suspira com o pesar do ar e se levanta.
– Bem, não sei como agradecer pela hospitalidade, Nicholas. Mas não há necessidade do quarto já que voltarei para casa à noite. - Minha mãe quebra o silêncio e espera uma resposta de um de nós dois. – Você é um cara muito bacana mesmo. - Ela completa quando não falamos nada.
– Ele é sim, mãe. - Digo com os olhos cravados em Nicholas, que parece estar tímido com tanta atenção de minha mãe.
– Mas, se vocês me derem licença eu preciso de um banho urgente!!
– Sinta-se em casa, dona Mandy.
Minha mãe sai da sala, deixando-nos à sós. Nicholas me encara, esperando qualquer reação negativa de minha parte. Me levanto do sofá e sento no colo de Nicholas.
– Você tinha que contar pra ela, não é! - Estreito meus olhos para ele. Ele dá de ombros e sorri. – Quem mais está sabendo disso ?
– Minha mãe.
Arregalo meus olhos e quase salto de seu colo.
– Nicholas! Como... Você enlouqueceu ? Como você diz uma coisa dessas pra sua mãe ?
– Não sei... - Ele dá de ombros outra vez. – Eu só... senti vontade de contar isso à ela. - Diz baixinho.
Inclino-me para trás e olho para ele espantada. Nicholas nunca contou nada de sua vida para sua família. Nunca foi tão aberto com algum ente querido. Inclino a cabeça para o lado e avalio sua expressão. É, realmente Nicholas Jonas está mudado. Quem diria...
– E o que ela disse?
– Ficou feliz, mas tão feliz que até chorou. - Ele sorri. – Falei com ela que você não tinha me dado resposta ainda. - Levanto as sobrancelhas, incentivando-o a continuar. – Ela disse que é para mim ficar tranqüilo e que você vai aceitar. - Ele sorri e me beija ternamente.
Agarro a cabeça de Nicholas e aprofundo o beijo quando um calor passa pelo meu corpo. Sinto as mãos dele descerem por minhas costas e apertar minha bunda com vontade. Gemo em sua boca com esse ato e ele sorri.
– Acho que está na hora do senhor me pagar o que está me devendo desde ontem, senhor Jonas. - Sussurro em sua boca.
– Não seja por isso!
Nicholas me deita no sofá rapidamente, arrancando um gritinho de surpresa de meus lábios e se enfia no meio de minhas pernas. Ele enfia as mãos por debaixo de meu vestido, apalpando minha carne por onde elas passam.
– Nicholas, aqui não! Minha mãe pode aparecer.. - Sussurro fracamente.
Sinto meu sexo pulsar em excitação, quando ele passa sua mão por cima do tecido fino de minha calcinha, encontrando seu alvo.
– Não vai não, baby. - Ele sussurra em meu pescoço, enquanto enfia a mão por dentro de minha calcinha.
– Também tem a Gail e o Taylor...
Engasgo quando ele enfia um dedo em minha abertura. Ele leva sua outra mão até minha boca, me silenciando.
– Shh... É só você não gritar, baby. - Ele começa a movimentar seu dedo em um vai e vem gostoso, enquanto rodeia seu polegar em meu clitóris. – Muito menos quando gozar em meus dedos. – Mordo o lábio com força, para impedir que um grito saia sem que eu perceba. Nicholas prende seu olhar e minha boca e gradativamente, vejo suas íris escurecer de uma maneira enlouquecedora. – Ah, baby.. você não sabe como estou louco para me enterrar em você e te foder o dia inteiro.. - Diz com os olhos cravados em meus lábios presos nos dentes.
Ele enfia mais um dedo e aumenta os movimentos. Tenciono minhas coxas e mordo mais meus lábios, ao sentir meu orgasmo chegar lentamente.
– Isso, goze pra mim... dê pra mim!
– Ai, baby.. - Choramingo.
– Shhh...
Pego cada lado do rosto de Nicholas e selo nossas bocas para impedir o grito que insiste em sair de minha garganta quando gozo gloriosamente em seus dedos diabólicos. Jogo minha cabeça para trás, sentindo minha carne tremer do meu orgasmo avassalador. Nicholas tira seus dedos de dentro de mim. Fecho bem meus olhos e tento acalmar minha respiração. Ouço uma sucção ecoar em meus ouvidos assim que recobro meus sentidos.
– Hum... deliciosa como sempre, senhorita Gomez. - Quase gozo novamente ao me deparar com a imagem de Nicholas chupando os dedos que a poucos segundos me levaram a loucura. – Ainda não acabei com você, baby!
O sorriso cravado em seu rosto faz com que toda a excitação de antes volte com força total. Olho ao redor, quando uma onda de pânico me atinge só de pensar que alguém nos ouviu.
– Será que nos ouviram ?
– Claro que não.
– Ou pior, nos viram ? - Pergunto horrorizada só com a possibilidade.
– Relaxa, baby! Ninguém apareceu aqui enquanto você gozava. - Ele sorri.
– Hum... por um acaso, não tem nenhuma câmera na sala, tem ?
Ele franze o cenho rapidamente, desaparecendo qualquer resquício do sorriso de antes.
– Tem. - Rosna.
– Oh, meu Deus! Taylor deve está nos assistindo a essa altura. - Arregalo meus olhos. Sinto minhas bochechas esquentarem ao imaginar Taylor no escritório de Nicholas, me assistindo revirar os olhos de prazer com os dedos de Nicholas.
– Nossa, muito tempo que não via esse rubor em suas bochechas. - Nicholas passa o dedo pelo meu rosto e sorri.
– Não tem graça, Nicholas. - Digo envergonhada e ele ri.
– Calma, baby! Taylor e Gail saíram antes de você sair do banho. Depois eu dou um jeito de apagar o vídeo.
– Ufa! - Respiro aliviada, mas franzo a testa rapidamente. – Caramba.. Porquê não falou antes! - Dou um tapinha no ombro de Nicholas, que ri.
– Ver você em pânico foi mais interessante.
Mostro a língua para ele e rio. Nicholas estreita os olhos pra mim. Com as duas mãos, ele coloca minhas pernas ao redor de sua cintura e se levanta do sofá comigo no colo.
– Ah, baby.. você não deveria ter feito isso. - Diz e desfere um tapa forte em minha bunda.
– Ai! - Grito com o susto.
Nicholas abre a porta dupla, localizada na parede atrás do sofá e entra comigo em seu colo. Ele me joga no sofá que fica de frente para a grande televisão da sala.
– Acho que não batizamos aqui ainda. - Ele diz ao se referir a grande sala de televisores e aparelhos.
Nicholas tranca a porta para depois vir até a mim, parando em minha frente, praticamente me comendo com os olhos tempestuosos e desabotoa a calça. Olho fixamente para onde suas mãos se movem e sei que o sorriso estampado em meu rosto é o mais sacana existente da face da Terra. Amo esse Nicholas faminto, voraz... Quase igual o Nicholas de antes, só que agora ele não esconde os sentimentos mais.
Nicholas puxa minhas pernas para si, tirando-me de meu transe e abre-as. O sorriso que há em seus lábios faz com que meu sangue ferva instantaneamente. Ele se ajoelha entre minhas pernas, puxando-me mais para a borda do sofá e levanta meu vestido. Suas mãos famintas alcançam minha calcinha, a qual ele rasga com violência e joga para trás.
– Que linda é você assim, baby! - Diz olhando para meu sexo.
Arfo quando ele passa uma mão pelo mesmo, descendo-a até meu ânus e circundei o dedo bem ali.
– Eu ainda não estive aqui...- Ele aperta o dedo em minha abertura traseira e gemo. – 
Mas nada que não possa ser feito. - Jogo a cabeça para trás e fecho meus olhos.
– Na sua sala de jogos... - As palavras saem de minha boca sem que eu perceba.
– Onde? - Sinto a perplexidade evidente em seu tom de voz.
Volto a olhar para ele, me deparando com seu semblante fechado.
Penso por alguns segundos e percebo que o pudor e a vergonha já não faz parte do meu ser, a essa altura.
– Na sua sala de jogos. Quero que você me coma lá e do jeito que só você sabe fazer.
Engulo uma risada com a cara assustada que Nicholas faz ao ouvir-me falar dessa maneira suja e lasciva. Acho que nem eu imaginei que falaria assim, nem em um milhão de anos. Mas estranhamente, me sinto sexy e perigosa, falando dessa maneira.
– Não.. lá não! - Ele recusa baixinho, mas sei que está falando sério.
Aproximo meu rosto do dele e o beijo nos lábios.
– Depois falamos disso, baby. - Sussurro em seus lábios. – Agora, por favor, pare de me torturar com esses dedos.
Praticamente imploro quando ele força mais o dedo em meu ânus e outro em minha abertura molhada e escorregadia. Recosto no sofá, quando ele substitui o dedo da frente pela boca, dando uma longa e fatal chupada, para depois afastar. Gemo em frustração e ele sorri.
– Tenho que acabar com isso logo, baby. Daqui a pouco alguém procura por nós. - Ele se levanta um pouco e cola os lábios nos meus. – Prometo que passarei a noite toda sentindo seu gosto, baby. - Ele puxa meus lábios com os dentes e entra lentamente em mim. Grito sem me importar em seu ouvida e acabo gozando antes mesmo dele se enterrar todinho. – Receptiva como sempre.. - Ele diz, olhando para onde estamos ligados e em seguida olha para meu rosto. – .. mas muito apressada! Merece um castigo por isso. - Ele coloca as duas mãos em meu ombro e volta a se movimentar, com uma estocada forte, arrancando um grito de mim. – Shh, não grite! Quer que alguém te escute ? - Me repreende, olhando em meus olhos, enquanto entra e sai de mim.
Nego com a cabeça e colo meus lábios um no outro para evitar um escândalo, a cada vez que ele me preenche com seu majestoso e delicioso membro. O suor brota de nossas testas com nosso movimento. Reviro meus olhos quando sinto o dedo de Nicholas voltar a circundar meu ânus. Ele sorri diabolicamente ao perceber o quanto está me afetando com esse ato. Fecho meus olhos para aproveitar mais da semsação, mas logo os abro quando um voz conhecida domina minha mente.
–Selena? Cadê você, filha ? - Minha mãe chama da sala. – Estou vendo que suas sandálias estão aqui na sala. Onde você se meteu?
A voz dela fica cada vez mais próxima e tremo cada vez que penso que ela está se aproximando da porta. Meu Deus, que ela não se aproxime dessa porta, senão é bem capaz dela ouvir os ruídos que emitimos. Nicholas continua com seu ataque brutal e gostoso, aumentando cada vez mais os movimentos. Ele coloca um dedo na frente dos lábios, me pedindo silêncio e tenho uma vontade súbita de matá-lo. Nem por uma reza forte eu teria coragem de gritar agora. Cravo minhas unhas com força no sofá quando Nicholas enfia a ponta do dedo em meu ânus e, com esse ato, gozo com força ao redor dele.
– Bebê? - Minha mãe chama mais uma vez, enquanto estremeço com um orgasmo arrebatador no cômodo ao lado.
Nicholas tira o dedo de mim e volta a colocar as duas mãos em meus ombros, enquanto enfia com mais precisão em mim, em busca de sua libertação. Tampo a boca dele com uma mão ao vê-lo se contorcer com o orgasmo iminente. Ele grunhi alto em minha mão, quando jorra seu líquido dentro de mim.
– Selly? Eu ouvi isso! - Minha mãe diz próximo demais.
Merda! Ela está do outro lado da porta. E agora? Sem se preocupar com mais nada, Nicholas enterra o rosto em meu pescoço enquanto acalma a respiração. Tremo com seu suor frio entrando em atrito com minha pele quente. Congelo ao ouvir batidas na porta e a maçaneta girar. Bendito seja Nicholas, que trancou a porta.
– Selena, é você quem está aí? Eu ouvi um barulho. Filha, abre... preciso falar com você!
Nicholas levanta a cabeça pra me olhar e abre um sorriso travesso. Estréio meus olhos para ele, um claro aviso de que o matarei quando sair dessa situação. Como se entendesse o que quero dizer, ele levanta os ombros. Minha mãe continua batendo na porta até que se dá por satisfeita e desiste. Deve ter pensando que não há ninguém do outro lado da porta. Espero mais um pouco até que não ouço mais tumulto nenhum do outro lado. Solto a respiração que nem sabia que estava prendendo e jogo a cabeça pra trás, exausta.
– Eu vou matar você. - Sibilo pra Nicholas.
Me irrito mais quando o riso dele preenche o silêncio do recinto.
– Eu vou adorar se você me matar dessa maneira outra vez... - Diz com um sorriso sacana nos lábios. Em seguida, me beija gentilmente nos lábios e se levanta, saindo de dentro de mim lentamente. O sorriso sacana de antes volta a seus lábios quando seus olhos param em meu sexo melado. – Poderia ficar horas e horas observando essa obra de arte, mas... - Ele volta a olhar pra mim. – Sua mãe voltará a qualquer momento.
Pulo do sofá ao ouvir isso e me ajeito rapidamente.
– Ela deve estar doida atrás de mim.
– Eu também ficaria louco atrás de você, baby. - Nicholas sussurra, me devorando com os olhos.
Olho para ele, assustada com insaciedade desse homem. -Fala sério né, Gomez! Como ainda não se acostumou com isso?!– Meu subconsciente zomba de minha cara e acabo soltando uma gargalhada com isso.
– Para com isso! - Dou um tapinha no braço dele para dar ênfase na minha reprimenda, mas acabo falhando. – Você não é de Deus, sabia?
Nicholas irrompe em uma gargalhada gutural.
– Selly? É você que está aí ? - Arregalo meus olhos ao ouvir novamente a voz da minha mãe.
Sem ter o que fazer ou como negar, dou de ombros ..
– Sim, mãe. Já vou abrir. - Sigo para a porta e, respiro fundo antes de abri-la. Engulo em seco ao me deparar com os olhos ávidos de dona Mandy na soleira da porta. – O que foi ? - Pergunto, tentando manter a naturalidade.
– Porque você não abriu ? Estive aqui minutos atrás e nada de você me responder ? - Ela pergunta em tom acusatório.
– É.... - Coço a cabeça nervosamente. – Eu não estava aqui. Cheguei agora pouco. - Minto. – Nicholas que estava trancado aqui, fazendo sei lá o que... - Balanço a mão no ar.
Olho para Nicholas e trinco meus dentes ao ver o enorme sorriso estampado em sua cara. Volto a olhar para minha mãe, que está com a testa franzida e me olhando incrédula de minhas palavras.
– Sei...
Ela olha seriamente ao redor, mas logo seus olhos encontram um foco. Vejo um vislumbre de um sorriso no canto de seus lábios e acompanho seu olhar. No mesmo instante me arrependo de ter feito tal ato. Meu Deus me leve agora, por favor! Peço mentalmente quando meus olhos não desgrudam da minha calcinha, a tal calcinha que Nicholas rasgou momentos antes, estirada no chão, de frente para a televisão. Meu rosto começa a esquentar e me forço a voltar olhar para minha mãe, que está tentando esconder o riso.
– Certo. Desculpe Nicholas, eu não foi minha intenção te perturbar ou interromper qualquer trabalho que estivesse fazendo. - Ela diz a Nicholas e rir ao se virar pra sair da sala. – Selly, depois quero falar com você tá, bebê ? Ou nem tão bebê assim... - Ela sussurra a ultima frase e sai do recinto.
Tampo meu rosto com as duas mãos e suspiro fundo. Oh, senhor.. que vergonha! Viro-me para Nicholas, que se joga no sofá em plena gargalhadas. Pego a calcinha do chão e jogo com raiva em cima dele.
– Agora é certo, eu vou matar você!! - Digo furiosa e parto para cima dele.
Nicholas se esquiva de minhas mãos raivosas, ao risos, o que me dá mais raiva. Ele as captura com as suas mãos e me joga para o lado, fazendo-me deitar no sofá novamente.
– Sua cara foi a mais engraçada, baby. - Ele diz sorrindo ainda e bufo.
– Ai que vergonha! Minha mãe.. Como vou olhar pra ela agora? - Digo morta de vergonha só de pensar em olhar pra ela novamente.
– Pelo menos ela vai parar de te chamar de bebê. - Ele rir.
Tento soltar minhas mãos das deles, mas não consigo.
– Me solta! - Ele solta minhas mãos. – E não tem graça, tá! - Resmungo.
– Ah, tem sim...
Ele se joga para trás, fraco de tanto rir. Me levanto e ajeito a saia de meu vestido, já que estou sem nada por baixo.
– Eu vou lá saber o que ela tanto quer falar. - Resmungo mais uma vez e ando em direção a porta.
– Vai lá, bebê. - Ouço Nicholas dizer entre os risos, antes que eu saia da sala.
Bufo e saio pisando duro pela casa, com raiva. Procuro minha mãe por todo apartamento e a encontro na cozinha, conversando com Gail.
– Bom dia, Gail. - Cumprimento-a e a beijo na bochecha.
– Bom dia, Selly. - Ela responde, sorridente. – Vou refazer o seu café. Esse aí já esfriou. - Ela acena para a comida na bancada.
Pelo canto de olho vejo um sorriso idiota nos lábios de dona Mandy. Reviro meus olhos e suspiro com pesar.
– Obrigada Gail. - Sorrio em agradecimento à ela. – Mas... - Olho para minha mãe. – Eu vou comer depois que conversar com minha mãe.
Gail assente de cabeça e, com isso, Mandy e eu saímos da cozinha. Seguimos em um silêncio constrangedor para o quarto de hóspedes, onde está as coisas dela. Sento na cama e, sem olhar para ela, espero que ela diga o que tanto quer falar. Como nada sai de sua boca, dirijo meu olhar a ela para que comece. O sorriso idiota continua em seu rosto até que ela percebe que não estou dando a mínima mais.
– Então.. - Ela se senta ao meu lado. – Eu estive pensando e .. - Ela para e me avalia minuciosamente.
– Fala, mãe! - Digo impaciente com seu suspense.
– Lincoln. O que você vai fazer em relação à ele ?
Franzo a testa em confusão. Eu não tinha pensando nisso ainda.
– Eu não sei ainda, porquê ?
– Porquê tem o Ray..
– Eu já contei pro Ray toda a verdade. - Interrompo-a antes dela vir com suas teorias de sempre.
– E o que ele disse ?
– Ele entendeu mais do que eu. - Rio com a lembrança das palavras de Ray. – E eu fiz questão dele saber que sempre será o meu pai. Ele é o homem que sempre vou amar como pai.
– Eu entendo. - Ela inclina a cabeça para o lado e sorri, mas um sorriso um tanto triste.
– Mãe, o que você sente pelo Lincoln ?
Seus olhos se arregalam rapidamente com minha pergunta direta.
– Porquê ?
– Só responda.
– Ah... o Lincoln foi o grande amor da minha vida. Assim como eu acredito que eu tenha sido da dele. Mas.. o tempo passa né, minha filha. As coisas mudam, pessoas entram em nossas vidas... Eu o amei por muito tempo, até que encontrei o Ray. Não vou negar que no começo do nosso relacionamento eu ainda amava o Lincoln, mas eu aprendi amar o Ray, não como o Lincoln. Ray foi um amor diferente, assim como Bob e outros. Você sabe que sempre fui uma mulher de amores. Sempre amei e sonhei em ser amada.
– Você sempre foi uma romântica incurável, dona Mandy.
Sorrimos com esse fato. Ela suspira ao desviar seu olhar para o nada, perdendo-se nas lembranças.
– Acho que nunca mais amarei daquela maneira. - Ela volta a olhar para mim. – Acredito que você entende o que quero dizer. - Ela pisca conspiratoriamente e sorrio ao me dar conta de que ela se refere à Nicholas e meu amor por ele.
– Entendo sim, mãe. Só fico triste por você não ter sido feliz como queria.
– Eu fui feliz! Eu sempre fui feliz na minha vida. Não é porque meu relacionamento com Lincoln não deu certo que fui infeliz a vida inteira. Eu sofri sim na época, mas eu construí uma familia com você e Ray. A familia que tanto sonhei e me sinto grata por isso. - Abraço-a, mas ela logo se afasta. – Mas, eu estive pensando...
– Você já disse isso. - Digo e ela ri.
– Eu não vou me meter na sua decisão em relação ao Lincoln, mas... não vou ficar chateada se você quiser dar uma oportunidade a ele, filha.
Solto uma gargalhada do jeito que ela fala.
– Essa é a maneira mais sutil que você tem pra pedir que eu dê uma chance a ele né, dona Mandy ? - Digo entre os risos e ela ri.
– Ah, você entendeu, sua chata. - Ela me abraça e me beija a testa.
– Entendi sim, eu vou pensar, ok ?
– Ok! - Ela pisca.


{...}


Depois da longa conversa com minha mãe e passar a tarde toda e o começo da noite na companhia dela, já que Nicholas teve que passar na empresa à tarde, dona Mandy voltou para a Geórgia depois do jantar, prometendo voltar com Bob no dia do meu aniversário. Nicholas chegou um pouco antes dela ir embora e aproveitou um pouco de sua companhia. Aproveitando que Nicholas está ocupado no escritório, pego meu BlackBerry em cima do criado-mudo e me jogo em cima da cama.
Abro nas mensagens de Lincoln e leio uma por uma, atentamente e várias vezes. O que fazer? Não posso fingir que não aconteceu nada e voltar a ser como antes com ele, mas... também não posso ser rude com ele. Não depois dele ter me confessado aquela história. E agora, meu Deus ? Suspiro e me enrolo no edredom à espera de Nicholas. Forço meus olhos a ficarem abertos, mas não consigo por muito tempo e acabo caindo em um sono profundo.

{...}


Os dias se passam rapidamente e pouco a pouco as coisas vão voltando ao normal. Voltei a trabalhar na SIP, sem que Nicholas pestaneje, nem nada. O que é muito estranho, vindo da parte dele mas, preferi nem entrar em detalhes. Felizmente ninguém aqui sabe do caso sobre Tony, exceto por Jack e alguns seguranças noturnos. Tudo como era antes... Meu trabalho de sempre, Nicholas voltando a ser o mesmo: controlador e insaciável. Desde o último episódio na sala de televisor, ele quis batizar cada canto que faltava do apartamento. Praticamente minha vida voltou ao normal.. exceto por Lincoln. Em todos esses dias que passou, não consegui parar de pensar nele e em como lidar com ele, já que me manda uma mensagem todo dia, me desejando felicidade e tudo mais. E a cada uma delas, Nicholas fica mais emburrado.
Apesar de confirmar mil vezes que nunca o largarei pelo fato de Lincoln ser meu pai, ele parece não ouvir. Sempre com sua insegurança. Acho que ele nunca vai se recuperar do trauma que foi pra ele quando o deixei. Bem, não se eu continuar me esquivando das perguntas em relação ao casamento. Mas é que ainda não me sinto pronta para dar esse passo. Na verdade ainda não estamos prontos pra isso. Estamos no caminho, mas...
 -Selly, vem até a minha sala por favor. - Jack me chama da porta de sua sala, tirando-me de meus devaneios.
– Sim, Jack. - Digo assim que entro em sua sala.
– Bem, os meus dias estão chegando ao fim aqui em Seattle. Em breve irei para Nova York e temos que começar o seu treinamento, linda. - Ele sorri. – Sente-se, porque temos muita coisa pra fazer. - Ele me indica a cadeira a sua frente.
Me sento na mesma e assim se vai o meu dia de trabalho duro. 

{...}

Saio da SIP ás 05hr30min e sigo para o estacionamento. Hoje eu vim no meu New Beetle, depois de uma longa discussão com Nicholas.
– Selena ? - Uma voz conhecida me chama assim que abro a porta do meu carro. Respiro fundo e me viro para encarar a figura imponente de Lincoln Timber. – Podemos conversar ?
Penso um instante e assinto de cabeça.
– Claro. Tem um café do outro lado da rua, pode ser lá? - Seus olhos azuis se enchem de esperança e um sorriso aparece no canto de sua boca.
– Claro, minha filha... quero dizer Selena.
Saímos do estacionamento e andamos até o tal café. Nos sentamos na mesa próxima da porta e logo o atendente vem até a gente.
– Vai querer o que, filha ?
Olho para ele, que está com os olhos um pouco arregalados, e depois para o atendente.
– Vou querer um sorvete bem grande de baunilha e com muita calda de chocolate. E... hum... batata frita.
Lincoln levanta as duas sobrancelhas e depois assente de cabeça.
– Ok, me traga só uma café.
O atendente se vai e Lincoln volta toda sua atenção para mim. Ele me olha por um longo tempo e depois pigarreia, na tentativa de tomar coragem para o que vai dizer.
– Primeiro de tudo, você está bem ?
– Ótima.
– Que bom. - Ele respira fundo, visivelmente nervoso. – Eu entendo que seja estranho pra você toda essa situação, mas... Eu quero te pedir uma chance de ser pelo menos seu amigo. Entendo que você ame outro como pai, infelizmente, não é. Mas eu mereço isso. Sei também que não vai me amar da noite para o dia, mas... - Ele pega minhas duas mãos, antes que eu as tire de cima da mesa. – Era tão bom quando éramos amigos, você não acha ?
Assinto de cabeça e engulo o nó formado em minha garganta ao ver o pré desespero em seus grandes olhos azuis, estes do qual eu herdei.
– Não vou negar que você era um bom amigo.
– Então, me dei uma..
Aperto as mãos dele para interrompê-lo.
– Deixa eu acabar de falar. - Ele assente de cabeça. – Você era legal, mesmo com a sua maneira enfadonha de ser. - Ele sorri. – Eu te considerava meu amigo, mas me senti tão enganada quando soube da verdade. - Seu sorriso murcha de vez. – Eu fiquei sim com raiva da maneira como fiquei sabendo. Acho que você ou a minha mãe deveria ter me contado tudo. Mas não vou culpá-lo por isso. Até porque entendo que seria estranho você chegando do nada e revelando tudo né. - Sorrio para quebrar o clima tenso entre nós dois. – Saber de tudo pela Elena foi horrível. Ainda mais que ela aproveitou isso pra ...
– Imagino que tenha sido. Aliás, você não deixou isso barato, não é ? - Franzo a testa em confusão para o sorriso zombeteiro em seu rosto. – Eu vi o estado que você a deixou, ou melhor o estrago que você fez em Elena. - Ele rir. – Suspeitei dela pela maneira como Mandy me tratou ao me ligar.
– E você aproveitou para armar aquele flagra não é ? Aquela foto! - Resmungo ao me lembrar desse fato.
Ele solta minhas mãos e recua um pouco.
– Que foto ?
– A que Elena mostrou ao Nicholas, na qual estamos no parque quando você me contou sobre o passado.
– Não estou sabendo de nada! - Diz encabulado, enquanto coça o queixo. – Elena deve ter colocado alguém para te seguir. O que mais aconteceu ? - Pergunta levemente curioso.
– Deixa pra lá! Vamos ao que interessa agora. Eu vou ser bem direta.
Coço a testa, enquanto penso nas palavras certas para dizer. O atendente aparece em nosso campo de visão e deixa nosso pedido na mesa.
– Desculpe a demora. - Ele diz e Lincoln e eu assentimos de cabeça.
Sorrio ao ver a enorme quantidade de calda de chocolate no meu sorvete. Lambo meus lábios e começo a degustar a delícia à minha frente. Pego uma batata e começo a mexer no sorvete com a mesma, encharcando-a de sorvete para depois engoli-la com muito gosto. Sorrio ao ver a cara de nojo que Lincoln tenta esconder.
– Quer ? - Ofereço -lhe, que nega prontamente com a cabeça.
– Não. Eu não tenho gostos tão exóticos para a alimentação.
Gargalho do modo como ele me olha, como se eu fosse um experimento esquisito que não deu certo.
– Não é tão exótico assim. Só me deu vontade. - Dou de ombros e volto a devorar minha sobremesa. Ele franze a testa e olha para o meu sorvete. – Então, como eu estava falando.. - Mudo de assunto e ele volta a olhar para mim. – Eu não vou mais te ignorar. Ignorar suas ligações, mensagens, até porque eu não posso ignorar o fato de que temos uma ligação. - Respiro fundo. – A gente pode se conhecer mais, tentar ter um relacionamento cordial, mas eu vou ser bem franca com você..
– Sim, não tenha medo de falar nada, filha.
– Eu não garanto que irei lhe chamar de pai algum dia.
Olho para mesa por um tempo, com receio de olhar nos olhos dele e encontrar algum resquício de decepção ou outro sentimento do tipo.
– Entendo. - Sua voz soa fria, mas ao fundo há um outro sentimento que não identifico muito bem.
Levanto a cabeça para olhá-lo e me surpreendo ao me deparar com seu semblante impassível. Lincoln ás vezes consegue ser pior que Nicholas. Não consigo decifrar os sentimentos atrás de suas feições. Com Nicholas é mais fácil. Talvez porque eu convivo com ele há alguns meses. Ou talvez não, tal vez seja o meu amor por ele que enxerga as coisas. Nunca saberei ao fundo.
– E o Nicholas ? Está de acordo com isso ?
– Não conversei isso com ele ainda.
– Imagino que não vai aceitar muito bem. - Ele para e avalia minha reação. – Ele te trata bem?
– Sim.
– Não faz nada que você não queira, não é ?
Reviro meus olhos.
– Se você quiser estar na minha vida mesmo, vai ter que entender e aceitar o fato de que eu o amo. - Ele me olha por um momento para depois assentir de cabeça.
– Mas... Não vamos falar do Nicholas por enquanto, ok ?
– Ok!
– Agora me fale de sua vida.
– O que quer saber ?
– Coisas banais.. - Aceno com a mão para o nada. – Tem outros filhos perdidos, por acaso? - Sorrio da brincadeira que faço, mas ele não. – Desculpe, pela brincadeira fora de hora.
– Tudo bem, mas respondendo sua pergunta.. é não! Não tenho mais filhos sem ser você.
– Está saindo com alguém no momento ?
– Não.
– Você me disse que seus pais me rejeitaram.. - Ele engole em seco. – O que houve com eles?
– Morreram em um acidente de carro.
– Ah... que pena! Sinto muito por você. Perder os pais deve ser bem triste mesmo.
Aperto a mão dele por cima da mesa, em sinal de apoio. Ele aperta de volta e sorri.
– Você não existe, sabia.. Tem um coração enorme. - Ele despeja um beijo carinhoso em minha mão.
Nesse momento meu celular começa a tocar e já sei que é Nicholas, pois Because You Loved Me de Jesuton é a música que embala seu toque, e é diferente dos outros.
Pego o BlackBerry e digito uma mensagem rápida, avisando-o que estou bem. Desligo-o e jogo-o dentro da bolsa novamente.
– É o Nicholas, não é ?
– Sim... É melhor eu ir agora.
Levanto a mão para chamar o atentende, mas Lincoln a pega.
– Pode ir.. Deixa que eu pago. - Ele sorri, um sorriso genuíno e emocionado. – Obrigada por essa oportunidade, minha filha.
Sorrio de volta, sentindo uma paz interior.
– Não tem que agradecer. Foi bom falar com você, Lincoln.
Levanto da mesa e pego minha bolsa. Ele se levanta e para diante de mim.
– Eu sempre quis te dar um beijo de boa noite. Posso ? - Assinto de cabeça depois de uns instantes e ele assim o faz. – Tchau Selena. Tenha uma boa noite, filha.
– Você também.
– Quer que eu te acompanhe até o carro? Pode ser perigoso.
– Não é preciso, mas obrigada. - Sorrio.
Outro paranóico na minha vida, eu mereço! Saio do café em direção ao estacionamento. Entro em meu carro e dou partida para o Escala.
– É Gomez, agora só falta mais um embate com um tal de Jonas e aí poderá descansar! - Digo pra mim mesma e suspiro cansada, dirigindo pelas ruas movimentadas de Seattle.



Comentários... :)

Creditos Angel 

Um comentário:

  1. Saudades de vc!!! Impressão minha ou a Selly tá grávida??? Por favor diz que simmmm! Imagina que amor um bebê Gomez-Jonas andando por ai.
    Não demora mais tanto assim, okay?
    Okay.
    Beijos 😘😘

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